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Tratamento
Defrontar-se com o resultado positivo
de um teste de aids é o início
de uma batalha que parece não ter fim. Aliás,
depois de tantos anos de existência da doença,
essa luta ainda está no começo. Prova disso
é o número de vítimas fatais que a aids
já fez: 22 milhões de pessoas no mundo todo.
Outras 40 milhões vivem com a realidade da doença
a espera de uma cura.
Para driblar o vírus, mas sem vencê-lo completamente,
existem os coquetéis inibidores - uma carga diária de comprimidos
que agem de duas formas: impedem a replicação do HIV bloqueando
a enzima transcriptase e inibem a produção de protease, agindo no
último estágio de formação do HIV, impedindo a ação
da enzima que é fundamental para a formação da cadeia proteica
produzida pela célula viral.
O que dificulta o tratamento é o fato do vírus
se "esconder" no organismo - pode ficar incubado de três a dez
anos - e sofrer mutações. Existem dois tipos conhecidos, o HIV-1
e HIV-2. O primeiro, isolado em 1983, é dividido em nove subtipos. O HIV-2
foi isolado em 1985 e carrega cinco subtipos. As mutações ocorrem
na duplicação do HIV. Surgem vírus mais potentes e imunes
à medicação que está sendo administrada.
Além de lidar com os diferentes tipos de vírus
os médicos possuem outros inimigos. O coquetel estabiliza o quadro da doença
e diminui a carga viral para números quase imperceptíveis, mas pode
produzir efeitos colaterais, como náuseas, danos nos rins e no fígado.
A solução para esses efeitos parece inusitada:
a suspensão temporária dos medicamentos. A intenção
ao usar essa tática é fazer com que o organismo
não se "esqueça" que tem um inimigo
a combater e assim fortalecer o sistema imunológico
do paciente. Mas outro problema atrapalha o tratamento: o
custo.
No
Brasil - O Brasil conseguiu grande destaque no relatório
do Programa das Nações Unidas para a aids (Unaids)
publicado em novembro de 2001. No espaço destinado
à discussão de dados sobre a América
Latina e o Caribe, o Brasil foi mostrado como um exemplo no
tratamento e prevenção da doença.
Os
esforços de prevenção no Brasil se equilibram
com o amplo programa de tratamento e atenção
ao HIV positivo, que assegura a terapia anti-retroviral financiada
pelo Estado. De acordo com o Ministério da Saúde,
o número de pessoas que recebem gratuitamente os medicamentos
de tratamento chega a 105 mil.
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