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Pesquisas e vacinas
Muitos dos esforços na busca de
solução para a aids residem nas pesquisas para
vacinas contra a doença. Os Estados Unidos e a China
se uniram nesse objetivo e testarão no próximo
ano uma vacina contra a aids em seres humanos. Essa vacina
concentra-se no HIV-2C, uma das raças mais difundidas
do vírus, que responde pela metade dos pacientes da
doença. Os pesquisadores acreditam que a vacina ainda
demore entre oito e dez anos para chegar ao mercado.
A única vacina preventiva em etapa
final de testes em seres humanos deve estar disponível
para o consumo em um prazo de quatro anos, caso os testes
demonstrem eficácia próxima à obtida
em chimpanzés. Ela possui duas modalidades: uma dirigida
ao HIV-2 tipo B, o mais comum na Europa e nas Américas,
e outra contra o tipo E, predominante na Tailândia.
A vacina foi eficaz em testes feitos
com chimpanzés, que depois receberam injeções
com altas doses do vírus. Nenhum dos vacinados contaminou-se,
enquanto 100% dos não vacinados contraíram a
doença. As esperanças estão no fato de
a resposta imunológica desses animais ser muito semelhante
à dos seres humanos. O maior problema porém
é a grande capacidade de mutação do HIV.
Os testes terminam no fim de 2001.
Os tipos de HIV-2B e E são raros
na África, que concentra 70% dos casos de aids do mundo.
Lá, a Organização Mundial de Saúde
desenvolveu e está testando uma vacina para o vírus
mais comum em Uganda.
O Brasil participa de um estudo, bancado
pelos Estados Unidos, que vai experimentar dois tipos de vacinas.
Os testes começaram em setembro deste ano com 40 voluntários
sem o vírus. A estratégia é unir duas
vacinas para fortalecer a imunização. Mas a
grande capacidade de mutação do vírus
continua sendo a maior preocupação.
A luta contra a doença está
sendo travada em todos os países até a descoberta
de sua cura ou de uma vacina. Por enquanto, prevenir ainda
é o melhor remédio.
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