Ataques a cães já tinham sido registrados na propriedade onde aconteceu ataque de onça em MS
Morador ficou ferido após tentar salvar um dos animais do grande felino. ICMBio afirma que está investigando o caso
Morador de Corumbá (MS) foi ferido ao tentar salvar seu cachorro de um ataque de onça; ICMBio investiga o caso, e ataques anteriores a cães na mesma propriedade já haviam sido registrados.
O Instituto Chico Mendes (ICMBio/MMA) afirmou que está investigando o suposto ataque de onça-pintada sofrido por um morador de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, nesta semana. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a vítima de 57 anos ficou com vários ferimentos após tentar salvar um cachorro de estimação do grande felino.
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O Instituto Pantaneiro, que monitora a presença desses animais na região, confirmou que houve registros de ataques a cães na mesma propriedade. A instituição também informou que já havia entrado em contato com ele anteriormente, orientando sobre como proteger seus animais de forma a não atrair predadores.
O caso aconteceu na madrugada de quinta-feira, 7, na região de Mirante da Capivara, próximo ao Rio Paraguai. Segundo os bombeiros, havia muito sangue na residência. Às autoridades, o morador afirmou que foi derrubado pela onça, resultando em um ferimento na região frontal da cabeça, um corte superficial no nariz e uma lesão no olho direito, além de fortes dores na região torácica.
Após o ataque, técnicos do Ibama estiveram no local e avaliaram que a vítima não chegou a ser mordida pelo animal. Os ataques de onça contra humanos são considerados raros, afirma a equipe do CENAP. No entanto, os registros não são ignorados. As ocorrências podem ser subnotificadas sendo descritos em estudos atestados por especialistas.
“Nossa equipe está coletando informações sobre o caso para avaliar os fatos e adotar as medidas adequadas”, afirmou a ICMBio em nota.
Ferimentos não compatíveis
Ao Terra, a Polícia Militar Ambiental afirmou que foi até o local para averiguação, mas não foi possível identificar, naquele momento, qual espécie de animal silvestre esteve envolvida no incidente. Posteriormente, a instituição procurou o médico responsável pelo atendimento prestado a vítima e constatou que os ferimentos não eram compatíveis com os causados por um grande felino.
"Em contato telefônico, o médico responsável confirmou que o paciente apresentou apenas escoriações superficiais, aparentemente não sendo ferimentos feitos por animais de grande porte, razão pela qual foi prontamente liberado", afirmou.
A PMA disse ainda que as únicas informações oficiais recebidas até o momento referem-se a aparições e avistamentos do felino em áreas urbanas, não havendo registros formais de ataques ou confrontos. "Desde o início das aparições do felino na área urbana de Corumbá, [a polícia] tem realizado patrulhamentos preventivos e orientações à população, com foco nos cuidados necessários para evitar o contato com o animal", concluiu a instituição.