Indígena vende mais de R$ 7 mil em artesanato na COP30
Produtos variam entre brincos, colares, objetos de decoração e pulseiras, todos fabricados com recursos naturais reaproveitados da floresta
A 30ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30) ganhou um dia extra neste sábado, 22, depois que os países não chegaram a um consenso sobre o documento final. O artesão indígena Elson Perimão Waiwai, de 27 anos, aproveitou a oportunidade para vender os seus produtos para quem precisou comparecer ao evento hoje.
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Ele vendeu mais de R$ 7 mil em produtos desde que chegou à conferência. Brincos, colares, pulseiras e objetos de decoração entre os artesanatos trazidos pelo indígena. Ele explicou ao Terra que os produtos são fabricados com recursos naturais da floresta reaproveitados.
"A gente utiliza um cordão. Tem esse, por exemplo, que foi feito com a semente de morototó. Esse semente é bastante resistente. A qualidade é maravilhosa, por isso é importante a gente selecionar bem", disse. Ele viajou do oeste do Pará, onde fica o território WaiWai, até Belém (PA), apenas para vender seu trabalho manual.
Enquanto o Terra esteve no local, próximo à entrada da conferência, dezenas de pessoas olhavam curiosas para os produtos com símbolos da Amazônia. Um par de brincos de arara azul custava R$ 60, enquanto um colar com sementes de morototó estava sendo vendido por R$ 35.
"Desde o início da COP eu já vendi mais de R$ 7 mil. Vendi muitas coisas aqui, principalmente sementes, que não são artificiais, são todas usadas com uma técnica, de forma original. A ùnica coisa artificial que vendo são miçangas, que acabo fazendo por aqui também", acrescentou.
*Essa reportagem foi produzida como parte da Climate Change Media Partnership 2025, uma bolsa de jornalismo organizada pela Earth Journalism Network, da Internews, e pelo Stanley Center for Peace and Security.
