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Empresas com chefe de sustentabilidade próximo do CEO avançam mais facilmente na agenda ESG

Pesquisa de consultoria norte-americana indica que valorizar o setor de adaptação sustentável, inclusive com cadeira no conselho, traz bons resultados

26 mai 2023 - 10h10
(atualizado às 10h20)
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Foto: Freepik

A agenda ESG (ambiental, social e de governança) avança com mais rapidez dentro de uma empresa quando o responsável pela sustentabilidade tem acesso direto ao CEO e uma vaga no comitê executivo da companhia, apontou uma pesquisa realizada pela consultoria Russell Reynolds Associates.

Contudo, o levantamento também revelou que a realidade da maioria das companhias tem uma realidade bastante diferente: apenas 20% dos CSO (chief sustainability officer, chefes de sustentabilidade) reportam seus planos diretamente aos CEOs. Segundo a estimativa dos entrevistados, a velocidade e agilidade dos resultados aumenta em 50% na comparação em 50% com os executivos que tratam o tema com outras lideranças e gerências.

Assim, realizar a transformação necessária para de fato ter o ESG passa pela empresa ter inovação, repensar processos de tomada de decisão, fornecedores e produtos. Também é necessário incluir os stakeholders nos debates, desde consumidores e investidores a governos locais, para questões que necessitam de colaboração.

Escolha dos profissionais

Com o ESG se tornando cada vez mais proeminente no mundo corporativo, a busca por profissionais qualificados cresceu: em 2022, a Russell Reynolds registrou aumento de 53% na demanda por executivos especializados em Sustentabilidade, em relação ao ano anterior. De acordo com a pesquisa, antes de assumir a diretoria de Sustentabilidade, 68% dos CSOs já ocupavam uma posição de liderança relacionada à agenda e 55% possuíam mais de três anos de experiência na área.

Para Montana, o CSO deve ter um perfil técnico e que entenda sobre questões socioambientais e de governança para poder levar a organização a ser sustentável, mas também necessita de outras qualidades. "Precisa ter capacidade de influência e relacionamento, não dá para chegar pé na porta. É preciso conhecer o negócio e entender as alavancas e o impacto da sustentabilidade", ressalta a consultora. Ser articulado ajudaria nesse trânsito, assim como a demonstrar os resultados - ou a explicar caso haja problemas na jornada.

Montana ainda diz apreciar a possibilidade do CSO ser alguém preparado na própria empresa, que entrou em outro cargo e assumiu por já entender da empresa e do negócio, mas ressalva: "A pessoa precisa aprender sobre a sustentabilidade rapidamente, porque já estamos atrasados. Não é algo trivial, e a possível recessão na economia mundial traz um foco no lado financeiro, o que aumenta o desafio". Como a especialista destaca, é um trabalho contínuo, a ser realizado também com diretores de setores como o financeiro e o comercial.

Estadão
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