Tietagem, revelação sobre café e brincadeira com Lula: como foi a passagem de Janja na COP30
Primeira-dama brasileira cumpriu agenda na Conferência das Partes como Enviada Especial para Mulheres
-t8cwb5ngj0hl.png "Adrielle Farias, de Belém (PA)"){kind=small}
-1jew1fv42f143.png "Janja é tietada durante a COP30 em Belém (PA)")
A primeira-dama brasileira Janja Lula da Silva causou aglomeração nesta quarta-feira, 19, na Zona Azul, área restrita da 30ª Conferência das Nações Unidas para o Clima. Ela é Enviada Especial para Mulheres da COP30 e, por isso, tem marcado presença em painéis relativos ao tema desde terça-feira, 18. A agenda de Janja começou às 9h30, com um evento organizado por ela mesma.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Com o tema "Mulheres: vozes que guiam o futuro", o painel temático contou com a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, das embaixadoras Patricia Espinosa (México) e Vanessa Dolce (Itamaraty), e das Enviadas Especiais da COP30, Jurema Werneck e Denise Dora.
Janja defende que decisões da COP sejam tomadas por voto, e não por consenso: "Avanço será demorado"
-sl8yc3mdni9f.png)
Janja diz que 'Plano de Ação de Gênero' está em negociação na COP30 para atingir 'mulheres na ponta' da Amazônia
Promessa da COP30, entrega de indicadores da Meta Global de Adaptação segue atravancada nas salas de negociações
Durante a abertura do evento, a primeira-dama destacou a viagem que fez com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos biomas brasileiros. "Estive na Amazônia, na Caatinga, no Pantanal, no Cerrado, na Mata Atlântica e nos Pampas. Em cada lugar encontrei dezenas de mulheres que vivem na linha de frente das mudanças climáticas. Agricultoras familiares, quilombolas, indígenas, ribeirinhas, pesquisadoras, lideranças comunitárias, gestoras públicas e empreendedoras", disse.
De acordo com a primeira-dama, as "escutas" construídas com essas mulheres auxiliaram na construção do "Plano de Ação de Gênero", que já está em negociação sob a supervisão de uma equipe brasileira liderada pela embaixadora Liliam Chagas.
"Mulheres que mesmo convivendo com perdas, com a escassez, violências e desigualdades, seguem criando soluções para proteger a vida, garantir direitos e manter vivas as condições que sustentam suas comunidades. Essas escutas explicitaram algo que acredito que precisa orientar as decisões globais. Não existe política climática efetiva sem a nossa presença", acrescentou.
Após o painel temático, a primeira-dama integrou uma conversa sobre resiliência das mulheres que trabalham com aquicultura. Ao chegar no Pavilhão Brasil, onde o evento seria realizado, ela aproveitou para experimentar um café frutado e acabou revelando que não gosta de tomar café sem açúcar. "Mas esse aqui está delicioso", elogiou.
Em seguida, durante a conversa no encontro, ela brincou com o fato de não ter conseguido encontrar com o presidente Lula antes do almoço. “Estou muito contente que o presidente chegou agora de manhã, mas eu ainda nem vi ele. Eu nem dei um beijinho nele”, disse.
Apesar do momento de descontração, a primeira-dama afirmou que a COP tem sido um evento intenso aqui na Amazônia e que a pauta de gênero está entre as prioridades. "Precisamos aprovar o 'Plano de Ação de Gênero', que já está na mesa de negociação. A gente sabe da importância disso para o Brasil", enfatizou.
Com o fim do segundo painel por volta das 13h15, Janja se dirigiu para a Sala VIP da COP30 para encontrar o presidente Lula durante o almoço. No caminho, uma multidão a ela por diversas vezes para tirar a foto. A atriz e ativista climática Luiza Brunet, que estava na conferência, também aproveitou a oportunidade para fazer um registro ao lado da primeira-dama.
*Essa reportagem foi produzida como parte da Climate Change Media Partnership 2025, uma bolsa de jornalismo organizada pela Earth Journalism Network, da Internews, e pelo Stanley Center for Peace and Security.
