Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Movimentos sociais promovem ‘barqueata’ com mais de 200 embarcações na Cúpula dos Povos em Belém

A manifestação, que contou com a participação de ONGs internacionais, defendeu a importância da mobilização social na luta climática

12 nov 2025 - 17h16
Compartilhar
Exibir comentários
'Barqueata' com mais de 200 embarcações marca início da Cúpula dos Povos em Belém:

A realização de uma ‘barqueata’ com mais de 200 embarcações marcou o início das atividades da Cúpula dos Povos em Belém, na manhã desta quarta-feira (12). O evento, que ocorre até o dia 17 de novembro no campus Básico da Universidade Federal do Pará (UFPA), reúne movimentos sociais, ONGs internacionais e a sociedade civil em debates e ações voltadas para o combate às mudanças climáticas. Ele compõe a programação paralela que ocorre na capital paraense em tempos de COP30.

“A gente sabe que esses tipos de evento [COPs] são direcionados para um público específico, e o que acontece fora dele realmente são as vozes que não estão sendo ouvidas. [...] Dentro da Cúpula dos Povos, a gente pode ver pessoas de diversas etnias, diversos lugares do país e do mundo passando pelas mesmas problemáticas”, disse a artista e ativista Cakau a Fruta, em entrevista ao Terra. Ela é integrante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, que atua no combate ao modelo de mineração predatório. “Eu acho que isso daqui é um grito de socorro e se a gente não for ouvido, as consequências vão se agravar ainda mais”, completou.

 ‘Barqueata’ percorre a Baía do Guajará, na manhã desta quarta-feira (12), em Belém
‘Barqueata’ percorre a Baía do Guajará, na manhã desta quarta-feira (12), em Belém
Foto: Mariana Castro/Terra

A ‘barqueata’ partiu do Trapiche Ribeirinho, ponto de embarque e desembarque fluvial inaugurado na Cidade Universitária no começo do mês. Ela reuniu cerca de 5 mil pessoas de 60 países. Entre as embarcações que participaram, estava o Rainbow Warrior, navio do Greenpeace, e a “Caravana da Reposta”, que percorreu mais de 3 mil km do Mato Grosso ao Pará, levando lideranças como o cacique Raoni e Alessandra Korap Munduruku.

Integrantes de associações indígenas representando diversos povos também marcaram presença na abertura do evento. O presidente da Associação dos Povos Indígenas Trombetas Mapuera (APITMA), falou sobre a necessidade de estar presente em espaços de debate como a Cúpula e a Conferência das Partes (COP) e destacou o significado de floresta para a sua comunidade.

“Nós estamos aqui sendo poucos ouvidos. Eu como presidente e representante dos povos do Wai-Wai, viemos para cá, especificamente isso, apresentar os nossos nós mesmo, nosso povo Wai-Wai”, disse ele. “É muito fácil entender floresta. Eu sou floresta. Eu que sei cuidar floresta, floresta que vocês não falam é minha casa. A floresta é tudo. Indígenas sabe cuidar realmente as florestas, sabe viver dentro da floresta. Por isso, eu peço em nome de todos os indígenas: demarcação dos territórios Caixã Antuanaiana”.

A barqueata percorreu cerca de 13 km na Baía do Guajará, entre a UFPA e a Vila da Barca, comunidade da periferia de Belém onde diversos moradores habitam em palafitas e que virou centro de contradições durante as obras de preparação para a COP30 na cidade.

Fonte: Portal Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade