Chuva em São Paulo derruba a terceira árvore mais velha da cidade; veja fotos
Árvore era um chichá de aproximadamente 200 anos, e ficava no Largo do Arouche. Mais de 300 árvores caíram na capital
A terceira árvore mais antiga de São Paulo caiu durante a chuva que atingiu a capital na quarta-feira, 12. A árvore, um chichá, tinha aproximadamente 200 anos e 30 metros de altura, e ficava no Largo do Arouche. A espécie é nativa da Mata Atlântica e usada em reflorestamento.
Imagens mostram que a árvore quebrou ao meio. Nas redes sociais, moradores lamentaram a queda da árvore, e cobraram as autoridades pela preservação das espécies.
A prefeitura de São Paulo informou ao Terra que equipes de poda, limpeza e zeladoria trabalham para desobstruir as ruas atingidas por galhos e árvores. Atualmente, são 129 equipes para manejo em árvores, com cerca de 10 colaboradores em cada uma delas.
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A Defesa Civil recebeu, nas últimas 24 horas, 343 chamados de ocorrências de queda de árvores na capital, sendo 7 na Zona Leste, 9 na Zona Norte, 6 na Zona Sul e 321 na Zona Centro-Oeste.
A Subprefeitura Sé informou que a árvore chichá (Sterculia chicha) era monitorada ao longo dos anos e recebia medidas de conservação e avaliações sobre o seu estado de saúde. "Todas as ocorrências registradas no sistema de gerenciamento de zeladoria e em processos administrativos tiveram a avaliação de técnicos especializados em Engenharia Agronômica, que indicaram ações adequadas para prolongar sua vida útil. No começo de janeiro, uma proteção foi colocada em torno da árvore", diz a nota.
Árvores mais antigas de São Paulo
A Figueira das Lágrimas é a árvore mais antiga registrada em São Paulo. Segundo a Prefeitura, estima-se que ela tenha aproximadamente 240 anos. É considerada a última testemunha viva da Independência do Brasil.
Pertencente à espécie Ficus organensis, está no bairro do Sacomã, na zona sul. "É uma longeva árvore nativa da Mata Atlântica e uma referência da São Paulo do século 19. A árvore ainda vive no antigo caminho que ligava o Porto de Santos a antiga Vila, hoje a Estrada das Lágrimas", afirma a gestão municipal.
Ainda conforme uma publicação do Sesc São Paulo, o nome "Figueira das Lágrimas" foi dado quando o local servia como um espaço de despedida dos viajantes que partiam para o Porto de Santos, no litoral paulista.
Ela está localizada na antiga rota utilizada pelos soldados que estavam a caminho da Guerra do Paraguai (1864 - 1870). A estrada ligava o Porto de Santos à antiga Vila, hoje Estrada das Lágrimas.
Quando em mata fechada, o exemplar arbóreo pode atingir até 30 metros de altura.
Em 2016, a Árvore das Lágrimas foi tombada pelo Conpresp, conselho responsável pelo patrimônio histórico e cultural da cidade. Em 2012, a Fundação SOS Mata Atlântica, segundo informou o Sesc São Paulo, lançou a campanha chamada Veteranas de Guerra, em que mapeou outras árvores antigas de São Paulo.
"Entre elas, também se destacam o Jatobá do Parque da Luz e a Figueira do Piques, no Largo da Memória. Outros exemplos de árvores centenárias são o Jequitibá-branco do Parque Trianon e a Figueira do Parque do Carmo", segundo informou uma publicação do Sesc São Paulo. (*Com informações do Estadão Conteúdo).