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Veja como ficou o calendário da Fórmula 1 em 2021

Lito Cavalcanti explica as mudanças no calendário da F1 para mais uma temporada com Covid-19

13 jan 2021 - 12h24
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Ninguém tem certeza absoluta de quando os carros irão para a pista, mas o calendário está revisado e posto.
Ninguém tem certeza absoluta de quando os carros irão para a pista, mas o calendário está revisado e posto.
Foto: Red Bull / Twitter

Mal começou, este 2021 mostra que pouco ou nada mudou. O primeiro calendário do novo campeonato mundial de Fórmula 1, publicado ainda na primeira quinzena de novembro, já sofreu duas alterações. A primeira foi o Grande Prêmio da Austrália, que deveria abrir os trabalhos no dia 21 de março e foi adiado para 21 de novembro – será a 21ª das 23 etapas previstas.

A segunda foi a remoção do Grande Prêmio da China, que deveria ocorrer no dia 11 de abril e que dificilmente encontrará vaga na segunda metade do ano, já sobrecarregada por três séries de três etapas consecutivas: os GPs da Bélgica, Holanda e Itália (Monza) em 29 de agosto, 5 e 12 de setembro; Rússia, Cingapura e Japão em 26 de setembro, três e 10 de outubro; Estados Unidos, México e Brasil em 24 e 31 de outubro e 7 de novembro.

Após estas alterações, o primeiro grande prêmio do ano será no dia 28 de março, no autódromo do Bahrein – que também hospedará a pré-temporada nos dias 12, 13 e 14, antes prevista para os dias dois, três e quatro em Barcelona, na Espanha. O segundo grande prêmio será em Imola, no dia 18 de abril, uma semana mais tarde do que seria o da China. O terceiro será em 2 de maio em local ainda não confirmado, mas tudo indica que em Portimão, em Portugal, de onde a Fórmula 1 se deslocaria para a etapa de Barcelona, uma semana mais tarde.

Temporada 2021 poderia ser uma festa, mas parece que será complicada de novo.
Temporada 2021 poderia ser uma festa, mas parece que será complicada de novo.
Foto: F1 / Twitter

A causa destas mudanças é exatamente a mesma que compactou as 17 corridas do ano passado em seis meses: a ferocidade das contaminações da pandemia de Covid-19. Agora ainda mais intensa, a ameaça permanece e traz consigo a previsão de mais uma temporada tumultuada, em que as corridas em circuitos urbanos surgem como as mais ameaçadas.

Foi o caso da Austrália. Organizar a corrida no Albert Park é uma tarefa que consome dois meses de trabalho e investimento superior a 10 milhões de dólares. Mas o recrudescimento da pandemia forçou o endurecimento das regras de quarentena, que impõem duas semanas de isolamento a quem chegar ao país. 

Isso significaria que todos envolvidos com a corrida teriam de chegar a Melbourne nos primeiros dias de março, o que inviabilizaria a pré-temporada.  Prevista para os dias dois, três e quatro de março em Barcelona, na Espanha, ela não poderia ser antecipada, já que reduziria o prazo de preparação dos carros, já encurtado com o fim tardio da temporada de 2020.

Esta situação, que também causou a saída da China do calendário, pode-se repetir em todas corridas de rua – exatamente pelos mesmos motivos: prazos longos de preparação das pistas e das instalações e altíssimos investimentos com retorno ainda mais reduzido pela ausência de público.

Enquadram-se neste caso outros grandes prêmios, como Mônaco, Azerbaijão, Canadá e Cingapura. Também é o caso do novo circuito de Jedá, na Arábia Saudita, e Yas Marina, em Abu Dhabi, mas lá não vigoram tantas restrições – pelo menos até agora.

Calendário revisto da temporada de 2021 divulgado pela categoria.
Calendário revisto da temporada de 2021 divulgado pela categoria.
Foto: F1 / Twitter

Diante de tantas incertezas, a Fórmula 1 pode estar em vias de enfrentar mais um ano de recessão. A exemplo de 2020, persiste a possibilidade de seu faturamento se limitar às taxas pagas pelas emissoras de TV para transmitir todas etapas, às verbas de seus três patrocinadores (Rolex, Heineken e a petroquímica Aramco) e ao pagamento dos promotores de cada grande prêmio para sediar as corridas – um quesito que a promotora Liberty Media foi obrigada a rever para baixo (ou até abrir mão em alguns casos) e apurou metade do obtido no ano anterior.

O lado positivo é a entrada em cena do teto de gastos das equipes, fixado em 145 milhões de dólares – se bem que as exceções (gastos com salários de pilotos e dos três profissionais mais caros de cada equipe, verba de motores, despesas de marketing, viagens e administração) podem elevar os gastos anuais ao dobro desse limite.

Pelo que se viu até agora, este 2021 parece um 2020 com um pouco mais de tempo para ser organizado. Será que isso basta? É esperar para ver. 

Como ficou o calendário (por enquanto)

  • 18 de março: Bahrain (Sakhir)
  • 18 de abril: Emilia Romagna (Imola*)
  • 2 de maio: a ser confirmado (Portimão)
  • 9 de maio: Espanha (Barcelona)
  • 23 de maio: Mônaco (Monte Carlo)
  • 6 de junho: Azerbaijão (Baku)
  • 13 de junho: Canadá (Montreal)
  • 27 de junho: França (Paul Ricard)
  • 4 de julho: Áustria (Red Bull Ring)
  • 18 de julho: Inglaterra (Silverstone)
  • 1 de agosto: Hungria (Budapeste)
  • 29 de agosto: Bélgica (Spa-Francorchamps)
  • 5 de setembro: Holanda (Zandvoort)
  • 12 de setembro: Itália (Monza)
  • 26 de setembro: Rússia (Sochi)
  • 3 de outubro: Cingapura (Marina Bay)
  • 10 de outubro: Japão (Suzuka)
  • 24 de outubro – EUA (Austin)
  • 31 de outubro: México (Cidade do México)
  • 7 de novembro: Brasil (Interlagos)
  • 21 de novembro: Austrália (Melbourne*)
  • 5 de dezembro: Arábia Saudita (Jedá**)
  • 12 de dezembro: Abu Dhabi (Yas Marina)
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