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Russell: tão perto e tão longe dos pontos com a Williams

Britânico segurou Fernando Alonso no GP da Áustria, mas isso não foi o suficiente para terminar a corrida na zona de pontuação

5 jul 2021 - 11h16
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George Russell, piloto da Williams Racing.
George Russell, piloto da Williams Racing.
Foto: Twitter/Williams / Divulgação

Se houve algum piloto que mereceu terminar o Grande Prêmio da Áustria entre os dez primeiros e marcar pontos, foi George Russell. Após ter se classificado de pneus médios na nona colocação, no sábado, Russell começou a corrida em Spielberg uma posição à frente, na quarta fila, depois de Sebastian Vettel ter sido punido na classificação.

Uma posição que, para a Williams, foi celebrada como uma pole-position, já que a equipe não colocava um de seus pilotos no Q3 desde o GP da Itália, em 2018, com Lance Stroll. Na semana passada, Russell também vinha de uma boa classificação: largou na 10ª colocação no GP da Estíria também por conta de uma punição a Yuki Tsunoda. Mas, o inglês ficou fora da disputa com os dez primeiros na última parte do treino por apenas oito milésimos!

A busca pelos primeiros pontos não tem sido nada fácil para George Russell e para a Williams. A equipe enfrenta um jejum desde 2019, quando Robert Kubica chegou em 10º lugar no Grande Prêmio da Alemanha e deu à equipe o único ponto naquela temporada. E, em nove etapas, Russell largou todas à frente do canadense Nicholas Latifi. Até aí, nenhuma surpresa.

Reação da equipe Williams após a classificação de George Russel no GP da Áustria.
Reação da equipe Williams após a classificação de George Russel no GP da Áustria.
Foto: Twitter/Williams / Divulgação

Quase um ano após a Williams ser vendida para o grupo de investimentos Dorilton Capital, a equipe começou a temporada em uma situação melhor do que a de 2020, quando ainda eram comandados por Claire Williams. Com dinheiro para desenvolver o FW43B e George Russell como piloto, há ainda alguma esperança da equipe conquistar algum ponto em 2021. Mas, além do trabalho, é preciso um pouco de sorte.

Fazendo uma breve retrospectiva dos dois últimos finais de semana, com as corridas disputadas no mesmo circuito, na Áustria, Russell ficou muito perto de pontuar. No GP da Estíria, o piloto inglês avançou logo no início para a oitava colocação, depois que Charles Leclerc e Pierre Gasly se tocaram na primeira volta. Russell conseguiu segurar a posição, deixou Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda para trás e ainda chegou perto da Alpine de  Fernando Alonso para a disputa do sétimo lugar. Porém, um problema com a unidade de potência da Williams levou o britânico a um longo pitstop e, algumas voltas depois, a abandonar a prova.

Apesar da frustração, a segunda chance surgiu no Grande Prêmio da Áustria. Dessa vez, Russell perdeu posições na primeira volta no Red Bull Ring, caindo para a 12ª colocação. O piloto declarou que foi forçado a frear no início da corrida para evitar um acidente com Yuki Tsunoda, da AlphaTauri. Faltando 20 voltas para o final, o inglês estava na 10ª posição, à frente de Fernando Alonso. O piloto da Williams fez o que foi possível para se defender do bicampeão, mas faltando cinco voltas para o final, Russell foi ultrapassado pela Alpine, terminando em 11º lugar, fora da zona de pontuação.

Russell está na Williams há três temporadas. E não quero pensar que as duas corridas na Áustria possam ter sido as suas melhores (e únicas) chances de pontuar em 2021. Os únicos pontos que o piloto de 23 anos marcou na Fórmula 1 foram quando ele substituiu Lewis Hamilton no Grande Prêmio do Sakhir, em 2020, pilotando a Mercedes do heptacampeão mundial, que testou positivo para a Covid-19 naquela etapa.

George Russell segura Fernando Alonso no GP da Áustria.
George Russell segura Fernando Alonso no GP da Áustria.
Foto: Twitter/Williams / Divulgação

Para a Williams, voltar a pontuar no mundial de construtores significa muito. Para Russell, além de tirar a equipe do final da fila e deixar Alfa Romeo e Haas para trás no campeonato, os pontos também reforçam o talento do piloto inglês e podem ser mais uma chance de mostrar que ele poderá ocupar o espaço na Mercedes em 2022. Falei dessa possibilidade no final da temporada passada. Mas essa é uma discussão que ainda vai render muito assunto para outras oportunidades.

Oportunidades que na Fórmula 1 não surgem todos os dias. Por isso, é bem provável que George Russell ainda siga lutando com o que tiver para tentar, aos poucos, tirar a Williams do final do grid.

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