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Retrospectiva F1: 10 vezes em que os coadjuvantes brilharam

Relembre 10 momentos em que pilotos que não correm pela Mercedes nem pela Red Bull foram destaque em 2021

21 dez 2021 - 02h10
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Esteban Ocon celebra sua primeira vitória na F1
Esteban Ocon celebra sua primeira vitória na F1
Foto: F1 / Divulgação

A temporada da Fórmula 1 foi dominada por Mercedes e Red Bull. As duas equipes chegaram à última etapa do ano com seus principais pilotos empatados na luta pelo título e, no Mundial de Construtores, ambas ainda tinham chances até a corrida derradeira. 

Mas nem só de Mercedes e Red Bull viveu o campeonato. Havia mais oito equipes e 16 pilotos na disputa, e houve espaço para que quem não estivesse nas duas equipes mais fortes pudesse brilhar. 

O Parabólica fez uma lista com os 10 momentos de maior destaque dos competidores que não tiveram chance de lutar pelo título na temporada de 2021 da Fórmula 1. Confira abaixo: 

Tsunoda terminou em um bom 4º lugar em Abu Dhabi
Tsunoda terminou em um bom 4º lugar em Abu Dhabi
Foto: AlphaTauri / Twitter

10º – Yuki Tsunoda – GP de Abu Dhabi 

O japonês da AlphaTauri causou ótima impressão logo em sua corrida de estreia, no Barein, quando deu trabalho para os veteranos Sebastian Vettel e Fernando Alonso e terminou em um promissor 9º lugar. Mas o encanto logo passou e Tsunoda emendou uma sequência de resultados ruins, quase sempre bem distante do companheiro Pierre Gasly. 

Em busca de melhorar sua performance, o pequenino estreante passou a morar perto da fábrica da equipe e começou a receber conselhos de Alex Albon. Na segunda metade da temporada, sua consistência melhorou e os resultados vieram, culminando em um ótimo fim de semana em Abu Dhabi, no encerramento da temporada. Naquela corrida, Tsunoda sempre se manteve na zona de pontuação e terminou num ótimo 4º lugar, colado em Carlos Sainz e muito próximo do pódio. 

Ocon se meteu na briga entre Hamilton e Verstappen e chegou a ser o 1º na relargada na Arábia
Ocon se meteu na briga entre Hamilton e Verstappen e chegou a ser o 1º na relargada na Arábia
Foto: Alpine / Twitter

9º – Esteban Ocon – GP da Arábia Saudita 

O francês da Alpine soube aproveitar as oportunidades que apareceram ao longo da temporada. Uma delas foi na penúltima corrida do ano, na Arábia Saudita. Se valendo de uma bandeira vermelha, quando pôde trocar os pneus com a prova interrompida, Ocon se colocou entre os primeiros. Ele ainda se aproveitou dos enroscos entre Hamilton e Verstappen para largar na primeira posição em uma das relargadas. 

Segurar os dois líderes do campeonato estava além do possível naquele momento, mas Ocon se manteve em um sólido 3º lugar por quase toda a prova e esteve muito perto do pódio. Muito perto mesmo. Bottas conseguiu ultrapassá-lo praticamente na linha de chegada, tirando-o do pódio por 0s1. 

Vettel e a Aston Martin conquistaram apenas um pódio em 2021
Vettel e a Aston Martin conquistaram apenas um pódio em 2021
Foto: Aston Martin / Twitter

8º – Sebastian Vettel – GP do Azerbaijão 

O tetracampeão teve uma temporada de altos e baixos. A Aston Martin tinha um carro muito menos competitivo do que havia sido a Racing Point em 2020, e a sorte era fundamental para que fosse possível almejar resultados maiores. Claro, só a sorte não basta. É necessário estar no lugar certo e saber o que fazer quando ela surge. 

E foi assim no Azerbaijão. Verstappen sofreu um estouro de pneu quando a corrida parecia ganha e, logo depois, Hamilton errou feio na relargada. Com Bottas também em mau dia, dois lugares do pódio ficaram disponíveis para as equipes médias, logo atrás do líder Sergio Perez. 

Vettel usou de sua experiência para se impor na briga que se formou nas voltas finais e garantir o 2º lugar na conturbada prova de Baku. 

Ele ainda conquistaria outro 2º lugar no ano, na Hungria, em mais uma corrida tumultuada, mas acabaria desclassificado por falta de amostra de combustível para análise ao fim da prova. 

Vettel e Gasly comemoram a única vem em que subiram ao pódio na temporada
Vettel e Gasly comemoram a única vem em que subiram ao pódio na temporada
Foto: AlphaTauri / Twitter

7º – Pierre Gasly – GP do Azerbaijão 

Na mesma corrida em que Vettel conquistou seu único pódio no ano, Gasly também soube aproveitar a situação e subir ao palco dos três melhores, ocupando o 3º posto. Mas, ao contrário de Vettel, o francês teve uma temporada bastante constante e acumulou bem mais pontos ao longo do ano. Em razão disso, fica uma posição acima nesse ranking, mesmo terminando uma posição atrás do alemão na prova do Azerbaijão. 

Sainz foi 2º em Mônaco, seu primeiro pódio pela Ferrari
Sainz foi 2º em Mônaco, seu primeiro pódio pela Ferrari
Foto: Ferrari / Twitter

6º - Carlos Sainz – GP de Mônaco 

Sainz foi outro piloto bastante regular ao longo do ano. Prova disso é que conseguiu terminar o campeonato em um excelente 5º lugar, logo atrás das Mercedes e Red Bulls, e acima de nomes como Norris, Leclerc e Ricciardo. Ao todo, foram quatro pódios no ano, sendo o mais notório deles em Mônaco. 

O espanhol fez o 4º tempo na classificação, mas largou em 3º em razão da não-largada de Leclerc, com problemas no carro na volta de alinhamento. Na corrida, Bottas teve problemas no pit stop e Sainz herdou o 2º lugar. Sem carro para incomodar o líder Verstappen, ele conseguiu ao menos abrir uma vantagem confortável sobre Norris, o 3º, e conquistar seu primeiro pódio pela Ferrari. 

No Catar, Alonso voltou pódio da F1
No Catar, Alonso voltou pódio da F1
Foto: F1 / Twitter

5º – Fernando Alonso – GP do Catar 

Em termos de espetáculo, a grande atuação de Alonso foi no GP da Hungria, quando deu aula de pilotagem defensiva e segurou Hamilton por mais de 10 voltas com um carro claramente inferior. Mas o 4º lugar naquela prova, apesar de ser seu melhor resultado na temporada até então, acabou ofuscado por outros pilotos que chegaram à frente. 

A consagração do retorno do Príncipe das Astúrias à F1 aconteceu na parte final da temporada, no Catar. Largando do 4º lugar, Alonso se manteve sempre entre os líderes e arriscou uma estratégia de apenas uma parada para ser em 3º. Enquanto Bottas, que seguia a mesma estratégia, sofreu um furo de pneu quando o perseguia, Perez fez uma parada extra e, com pneus melhores, tentou buscar Alonso na parte final da prova. Mas o espanhol foi até o limite dos compostos para fugir do piloto da Red Bull e se garantir no pódio pela primeira vez desde 2014, quando ainda corria pela Ferrari. 

Norris fez a pole e liderou boa parte do GP da Rússia
Norris fez a pole e liderou boa parte do GP da Rússia
Foto: McLaren / Twitter

4º – Lando Norris – GP da Rússia 

Norris foi outro piloto que teve temporada de destaque. Foram quatro pódios em seu melhor ano na F1 até hoje. Mas nenhum deles figura nessa lista. A grande atuação do jovem inglês foi na Rússia, quando terminou apenas em 7º. O resultado, no entanto, não faz justiça ao belo fim de semana que Norris viveu na pista de Sochi. 

Na classificação, realizada em condições mistas de garoa e pista seca, Norris surpreendeu e cravou sua primeira pole na F1. Ele perdeu a primeira posição para Sainz na largada, mas logo a retomou para liderar a prova com tranquilidade até a parte final, quando passou a ser perseguido por Lewis Hamilton. Foi então que a chuva chegou e bagunçou as estratégias. Norris insistiu que poderia ficar na pista com os pneus de pista seca, mas acabou sofrendo com o aumento da intensidade da água e perdeu posições a duas voltas do fim. 

Para grande decepção, sua e de muitos fãs da F1, Norris acabou sendo o apenas o 7º após ter feito a pole e liderado a maior parte da corrida. 

George Russell conquistou o 2º lugar na não-corrida de Spa
George Russell conquistou o 2º lugar na não-corrida de Spa
Foto: George Russell / Twitter

3º – George Russell – GP da Bélgica 

Nem só de Lando Norris vive o futuro da Inglaterra na F1. George Russell é outro nome promissor, que deve ganhar ainda mais destaque no ano que vem, quando correrá pela Mercedes. Foram dois anos sem um pontinho sequer pilotando a fraca Williams. Mas, em 2021, os pontos vieram. E mais que isso: um pódio. 

Tudo bem que a corrida da Bélgica nem aconteceu de fato. A chuva forte impediu a largada de acontecer, e o resultado da classificação acabou valendo como resultado da corrida. Mas não deixa de ser impressionante o fato de Russell, com uma fraca Williams, conseguir ser o 2º do grid em uma pista difícil como Spa – ainda mais sob forte chuva. 

Por pouco, Russell não entra para as estatísticas não só com o pódio, que já é digno de nota, mas com a pole e a vitória. Ele estava com o melhor tempo da classificação até os instantes finais, quando Max Verstappen tomou a pole para si. E para provar que não foi o mero acaso que o pôs lá, Russell ainda fez o 3º tempo na Rússia, também com pista molhada. 

Lando Norris, Zak Brown e Daniel Ricciardo comemoram no pódio de Monza
Lando Norris, Zak Brown e Daniel Ricciardo comemoram no pódio de Monza
Foto: McLaren / Twitter

2º – Daniel Ricciardo e a McLaren – GP da Itália 

Ricciardo não teve vida fácil em seu primeiro ano pela McLaren. O experiente australiano sofreu na disputa interna com Lando Norris, enquanto a equipe penou para acompanhar a evolução da Ferrari e acabou longe de Mercedes e Red Bull. 

Mas tudo deu certo para Ricciardo e a McLaren em Monza. 5º na classificação de sexta-feira, ele deixou Norris e Hamilton para trás na corrida sprint de sábado e terminou em 3º - e contou com uma penalização de Bottas para largar em 2º no grid de domingo. Na largada, partiu melhor que Verstappen e assumiu a liderança, de onde não sairia mais até ver a bandeira quadriculada. 

Atrás dele, a polêmica batida entre Hamilton e Verstappen facilitou o caminho de Norris. O inglês precisou apenas deixar Leclerc para trás, em manobra ousada na Curva Grande, para garantir a dobradinha da equipe laranja – primeira do time desde 2010.  

Curiosamente, nem Mercedes nem Red Bull conseguiram um 1-2 em 2021, sendo a McLaren o único time a fazê-lo. 

Ocon quebrou a banca e venceu o GP da Hungria
Ocon quebrou a banca e venceu o GP da Hungria
Foto: Alpine / Twitter

1º – Esteban Ocon – GP da Hungria 

Ocon ressurge na lista com a vitória mais improvável de 2021. O caminho para a glória começou a se abrir já na primeira volta, quando Bottas e Stroll fizeram um strike e tiraram vários carros da corrida logo na primeira curva. A liderança após a bandeira vermelha seria de Hamilton, mas ele foi o único a não trocar os pneus intermediários pelos de pista seca e, quando o fez, caiu para último. 

Com tanta gente fora de combate, Ocon surgiu como o surpreendente líder da corrida, trazendo Vettel em seu encalço. Mesmo sob pressão por quase toda a prova, o francês se manteve na ponta de forma segura e caminhou para sua primeira vitória na Fórmula 1. 

Vale a menção a Alonso, companheiro de Ocon na Alpine. Como já citado nesse artigo, o espanhol segurou Hamilton por diversas voltas, e isso foi fundamental para impedir que o inglês alcançasse em Ocon na parte final da corrida. 

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