RB18: o carro de Verstappen para defender o título de F1
Red Bull apresenta seu novo carro para a temporada de 2022. Pintura tradicional e dupla de pilotos permanecem as mesmas
Na última sexta-feira (04), Haas “furou a fila” e foi a primeira equipe a apresentar o carro que usará na disputa da temporada de 2022 da Fórmula 1. Agora, seguindo a programação anterior ao furo da equipe americana, chegou a vez das equipes mais competitivas mostrarem suas armas.
A Red Bull foi a primeira das postulantes ao título a revelar ao mundo seu competidor. O RB18 é mais uma cria do já lendário projetista Adrian Newey. Ao contrário da Haas, que mostrou apenas imagens digitalizadas de seu carro, a Red Bull fez questão de trazer a público o carro físico, em tamanho real com direito a dupla de pilotos e staff da equipe reunidos em live transmitida nas redes sociais.
De cara, se vê que o RB18 traz a clássica pintura fosca azul marinho da equipe, com amarelo no bico e uma grande logo da empresa de energéticos na tampa do motor. A entrada de ar é maior que a do modelo aprensentado pela FIA em 2021, bem como o bico, mais comprido. A lateral ganha um patrocínio da gigante da tecnologia Oracle, que expande a parceria com a equipe e passa a fazer parte do nome. Agora, a esquadra atenderá por Oracle Red Bull Racing.
O conjunto híbrido segue sendo o Honda, mas sem ostentar o nome da fabricante na carroceira. A marca japonesa saiu da categoria ao final da temporada 2021, mas deixou seu legado com a Red Bull, que seguirá utilizando os propulsores até 2025, pelo menos. A bem da verdade, nem a Honda sabe ao certo se saiu, se continua ou se voltará à F1 em um futuro breve, como abordamos aqui.
E, já que citamos a dupla de pilotos anteriormente, ela permanece a mesma: Max Verstappen, recém-coroado campeão do mundo, ostentará o número 1 em sua carenagem, retomando uma tradição deixada de lado nos últimos anos. Sergio Perez, com o número 11, segue como seu fiel escudeiro por mais uma temporada.
A Red Bull vem de um ano de glória. Verstappen encerrou a hegemonia de Lewis Hamilton com um título conquistado na última volta, com emoção e polêmica. Entre os construtores, no entanto, a equipe taurina ainda não conseguiu superar a rival – e esse é, declaradamente, o objetivo para 2022.
As cartas do atual campeão mundial de pilotos estão na mesa. Que venham as apostas dos concorrentes!
Histórico
A empresa de energéticos começou sua jornada na F1 como patrocinadora da Sauber em 1995. Os bons resultados do marketing levaram a decisão de ir além: ser uma equipe. Tudo começou em 2005, após a compra da Jaguar. A caminhada foi dura nos primeiros anos, e a equipe conseguiu ser competitiva de fato apenas em 2009, quando se aproveitou de uma mudança profunda de regulamento técnico para subir de patamar. Sebastian Vettel ficou com o vice-campeonato, atrás de Jenson Button, naquele que seria o único título daquela era que não conquistaria.
O auge da Red Bull veio a partir do ano seguinte. O casamento perfeito entre os chassis de Adrian Newey, os motores Renault e a pilotagem de Vettel rendeu o tetracampeonato seguido de pilotos e construtores, em domínio completo do fim da era V8 aspirada a Fórmula 1. Mas as coisas começaram a mudar com uma nova mudança de regulamento.
Em 2014, com a introdução da propulsão híbrida, a Red Bull perdeu terreno e a vantagem que havia construído sumiu. Os carros até eram competitivos, como as vitórias de Daniel Ricciardo e Max Verstappen provaram, mas a insatisfação com as unidades de potência da Renault fez a equipe romper a longa parceira em 2018 e passar a usar as UPs da Honda no ano seguinte.
A equipe estava decidida a fazer de Max Versatappen um campeão mundial. Os anos de amadurecimento do conjunto Red Bull-Honda se pagaram em 2021. Depois de sofrer para estabilizar um segundo piloto, “fritando” os jovens Pierre Gasly e Alex Albon, o time se encontrou com o experiente Sergio Perez. Com o RB16B, finalmente a Red Bull pôde competir em pé de igualdade com as até então imbatíveis Mercedes. Verstappen disputou cada ponto com Lewis Hamilton e se sagrou campão do mundo pela primeira vez na última curva da última corrida do ano.