Lito: reta curta será desafio para a F1 no GP da Holanda
Lito Cavalcanti analisa as dificuldades que os pilotos da F1 vão enfrentar no GP da Holanda, que tem uma reta curta, de 700 metros
O GP da Holanda será disputado no circuito de Zandvoort, onde a Fórmula 1 tentará se recuperar do vexame do último fim de semana, em Spa-Francorchamps, na Bélgica. “A pista é da velha escola, com duas curvas sobrelevadas, ao melhor estilo dos ovais norte-americanos”, explica o jornalista Lito Cavalcanti, comentarista do Parabólica. “O plano por trás deste novo formato é facilitar as ultrapassagens, mas há o temor de que isso não será suficiente.”
Segundo Lito Cavalcanti, a F1 não concordou em acionar a asa móvel antes da entrada da reta. “A reta é curta, cerca de 700 metros, e mesmo com a asa aberta, a dificuldade de ganhar posições é grande”, explica o jornalista. Uma corrida movimentada ajudaria a melhorar a imagem da F1, que ficou abalada com a não-corrida da Bélgica.
"Com 18 graus de inclinação, a curva 14, que desemboca na reta, é percorrida facilmente a pleno acelerador; já a curva Três, com 19 graus, exige uma freada forte antes de sua entrada e joga os carros para sua parte mais alta, bem próxima do muro", diz Lito Cavalcanti. "Mas os maiores desafios de Zandvoort não são novos. As muitas ondulações e as freadas cegas, nas quais os pilotos não têm visão do que vem a seguir, geram difilcudades que, muitas vezes, resultam em saídas de pista. As ondulações sempre estiveram lá, são uma herança dos tempos heróicos que custaram a vida de diversos pilotos."
O piloto Romain Grosjean mostrou num vídeo como a pista de Zandvoort é difícil. Usando as imagens de um simulador, o ex-piloto da Fórmula 1 percorre o novo traçado em duas voltas e indica quais são os pontos críticos. Nos primeiros treinos para o GP da Holanda, a surpresa foi o bom desempenho dos carros da Ferrari, com Charles Leclerc e Carlos Sainz.
