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F1 estuda realizar treinos livres com pilotos novatos

CEO da Fórmula 1 demonstra preocupação com desenvolvimento de jovens pilotos e pensa em ideias para dar mais espaço a eles

9 set 2021 - 17h07
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Pietro Fittipaldi correndo pela Haas.
Pietro Fittipaldi correndo pela Haas.
Foto: Pietro Fittipaldi / Divulgação

Em um esforço contínuo para redução de custos, a Fórmula 1 tem cortado paulatinamente o tempo disponível para avaliações. A figura do piloto de testes, que andava com o carro em sessões particulares praticamente o ano inteiro, foi sendo extinta pouco a pouco. Com isso, pilotos jovens que tinham essa função perderam tempo de pista. Restou a eles andar com o carro da equipe em eventos promocionais, simuladores ou, eventualmente, em treinos livres nas sextas-feiras. A partir desse ano, os treinos livres foram encurtados em meia hora, o que limita ainda mais o tempo de atividade prática desses pilotos.

Etapas com a classificação no modelo sprint, como é caso do GP da Itália, que acontece no próximo fim de semana, complicam ainda mais a situação. Nesse formato, há apenas um treino livre de uma hora antes da sessão de classificação, o que praticamente inviabiliza a chance de as equipes cederem um de seus carros a pilotos que não sejam os titulares.

Stefano Domenicalli, CEO da Fórmula 1, demonstrou preocupação com a falta de rodagem dos pilotos mais jovens, e acredita que isso pode se tornar um problema para o esporte a longo prazo. À Autosport, ele falou sobre o assunto e antecipou uma proposta que pretende apresentar às equipes em outubro.

“O tema dos pilotos jovens é muito importante e de nosso interesse, e é por isso que, nesse momento de testes tão limitados, há algumas ideias que vamos discutir em nossas próximas reuniões com as equipes”, afirmou Domenicalli. Ele ainda falou sobre o que vai ser proposta: “Em particular, nós queremos fazer a presença de jovens pilotos ser mandatória nos treinos livres”. E prosseguiu: “Isso vai dar aos jovens a oportunidade de vivenciar um ambiente dinâmico e competitivo”.

Além da importância de dar quilometragem aos futuros protagonistas da categoria, Domenicalli vê outro benefício na ideia: aumentar a imprevisibilidade das corridas. “Isso vai dar aos times menos tempo para testar em vista da corrida, fazendo o evento ficar ainda mais empolgante”, afirmou.

Já o GP da Itália, que inicia suas atividades amanhã, será o segundo da temporada que vai usar o novo formato de classificação. A sexta-feira terá apenas um treino livre de uma hora, que acontece pela manhã. No período da tarde, os carros já vão à pista para fazer a classificação no tradicional esquema de Q1, Q2 e Q3, que formará o grid da corrida sprint.

O sábado tem outro treino livre de uma hora pela manhã, enquanto à tarde acontece a corrida sprint (ou classificação sprint). Trata- se de uma corrida de 100 km, um terço da distância padrão. O resultado dessa prova define o grid da corrida principal, que acontece no domingo normalmente.

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