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F1 anuncia mudanças na pontuação de corridas interrompidas

Para evitar repetir a controvérsia do GP da Bélgica de 2021, F1 fará (confusas) mudanças no sistema de pontuação em corridas encurtadas

14 fev 2022 - 21h29
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O GP da Bélgica só aconteceu atrás do safety car
O GP da Bélgica só aconteceu atrás do safety car
Foto: FIA / Twitter

O GP da Bélgica do ano passado ainda não foi bem digerido pelo mundo da F1. A “corrida” entrou para a história como a mais curta da história da categoria. E fica entre aspas porque nem chegou a ser uma corrida de fato. Naquela ocasião, a chuva forte obrigou os carros a andarem atrás do safety car, e apenas uma volta foi considerada para que o resultado pudesse ser validado. 

A regra vigente até então dizia que corridas encerradas com menos de 75% da duração prevista teriam sua pontuação dada pela metade, e assim foi feito. Mas a polêmica se instaurou: afinal, seria justo dar pontos em uma corrida que nem aconteceu? A Fórmula 1 se propôs a discutir o tema e buscar soluções para evitar que situações como essa voltassem a acontecer. E, finalmente, tais soluções foram apresentadas. 

Uma atualização do regulamento esportivo altera a regra sobre corridas interrompidas por motivo de força maior. Se antes a regra mencionava apenas corridas com menos de 75% da distância original, agora há um escalonamento entre a distância percorrida e a distribuição de pontos. 

Corridas com menos de duas voltas completadas em bandeira verde pelo líder passam a não ter pontuação. Esse seria o caso do infame GP da Bélgica, vencido por Max Verstappen, caso a regra já estivesse em vigor. 

O cenário seguinte prevê corridas encerradas entre 2 voltas e 25% da distância prevista. Nesse caso, apenas os cinco primeiros recebem pontos, na seguinte proporção: 

1º: 6 pontos 

2º: 4 pontos 

3º: 3 pontos 

4º: 2 pontos 

5º: 1 ponto 

Caso a corrida tenha entre 25% e 50% da distância prevista, nove pilotos recebem pontos: 

1º: 13 pontos 

2º: 10 pontos 

3º: 8 pontos 

4º: 6 pontos 

5º: 5 pontos 

6º: 4 pontos 

7º: 3 pontos 

8º: 2 pontos 

9º: 1 ponto 

Se a prova terminar com mais de 50% e menos de 75% da quantidade de voltas originalmente prevista, os pontos vão para o top-10 da seguinte forma: 

1º: 19 pontos 

2º: 14 pontos 

3º: 12 pontos 

4º: 9 pontos 

5º: 8 pontos 

6º: 6 pontos 

7º: 5 pontos 

8º: 3 pontos 

9º: 2 pontos 

10º: 1 pontos 

Corridas com mais de 75% seguem distribuindo pontuação integral, da mesma forma que acontece hoje (25-18-15-12-10-8-6-4-2-1). 

Em 72 anos de história da F1, apenas 15 corridas foram encerradas antes do previsto. No século 21, foram só 4 as corridas a terminarem em bandeira vermelha com menos voltas que o programado: GP do Brasil de 2003 (chuva forte e acidentes de Mark Webber e Fernando Alonso), GP da Malásia de 2009 (chuva forte), GP do Japão de 2014 (chuva e acidente de Jules Bianchi) e o já citado GP da Bélgica de 2021. Houve ainda um caso de corrida encurtada, mas que terminou em bandeira verde: o GP da Bélgica de 2001, que teve uma longa bandeira vermelha pelo acidente de Luciano Burti e recomeçou, mas percorrendo oficialmente 36 das 41 voltas previstas. 

A ideia é interessante para evitar situações extremas como a da Bélgica, em que uma corrida que não aconteceu rendeu pontos aos 10 primeiros colocados. Encerrar corridas antes da distância original é algo bastante raro na F1, e prever diferentes cenários pode ajudar a uma distribuição de pontos mais equilibrada. Mas a regra acaba por criar uma série de variáveis e uma complexidade que pode confundir a cabeça do espectador. 

A proposta foi aprovada pela Comissão da F1 e agora segue para homologação do Conselho Mundial de Esporte a Motor (World Motor Sport Council), da FIA. A confirmação da alteração na regra deve vir em março. 

Parabólica
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