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Ex-chefe da Honda seguirá colaborando com a Red Bull na F1

Com a saída da marca japonesa da F1, Masashi Yamamoto assumirá papel na recém-criada Red Bull Powertains

27 jan 2022 - 23h49
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Masashi Yamamoto representando a Red Bull Honda no pódio do GP dos EUA
Masashi Yamamoto representando a Red Bull Honda no pódio do GP dos EUA
Foto: FIA / Twitter

Em 2021, a Honda encerrou sua quarta passagem pela Fórmula 1. A ascensão dos motores japoneses foi notória: depois de um começo complicado equipando a McLaren de 2015 a 2017, a marca firmou acordo com a Red Bull e passou a empurrar os carros da Toro Rosso em 2018 e da equipe principal do grupo no ano seguinte. Começaram a surgir pódios, depois poles, vitórias, até chegar ao título de pilotos, com Max Verstappen, na temporada passada. 

Mas, apesar do progresso que superou os propulsores da Ferrari e da Renault, a decisão de sair da categoria estava tomada desde 2020. Masashi Yamamoto, chefe de automobilismo da Honda, chegou a declarar recentemente que achou a decisão precipitada e que via futuro para a empresa na F1, mas teve apenas que aceitar a ordem vinda de cima. 

O legado da Honda, no entanto, seguirá. A Red Bull ficou satisfeita com o desempenho da Unidade de Potência japonesa como havia muito tempo não ficava com um fornecedor, e decidiu adquirir a estrutura para continuar a produção e desenvolvimento dos motores e sistemas por conta própria, criando uma divisão dedicada chamada Red Bull Powertrains. 

E Yamamoto vai junto. Nessa quinta-feira (27), ele anunciou que seguirá trabalhando com a Red Bull no desenvolvimento dos motores que estiveram sob seu comando até ano passado. Para isso, criou uma consultoria, que terá a missão de fazer a transição Honda-Red Bull funcionar da melhor forma possível. Em entrevista à Autosport, o engenheiro explicou que o convite partiu da chefia da Red Bull: “Criamos uma nova empresa. Assinamos um contrato entre ela e a Red Bull Powertrains. A companhia tem a mim, conforme pedido do Christian Horner e do Helmut Marko”, contou. 

Masashi Yamamoto comemora com Verstappen no pódio do GP dos EUA
Masashi Yamamoto comemora com Verstappen no pódio do GP dos EUA
Foto: Honda Racing F1 / Twitter

A missão da consultoria será unir os trabalhos que vinham sendo executados pela a Honda à nova estrutura criada pela empresa de energéticos. Até que a nova sede em Milton Keynes, na Inglaterra, esteja totalmente funcional e com o pessoal devidamente treinado, a marca nipônica seguirá produzindo as peças em suas instalações no Japão. E é aí que entra Yamamoto. “Se, por exemplo, eles precisarem entender a cultura japonesa e cultura da Honda, ter um relacionamento mais próximo com a Honda, eu posso dar suporte nisso. Basicamente, fazer uma ponte entre a Red Bull e o Japão”. 

A trajetória na gestão do automobilismo da Honda 

Masashi Yamamoto era o diretor de automobilismo da Honda desde 2016. Traçou como primeira meta vencer o campeonato local de Super GT, muito popular no Japão, e alcançou tal objetivo em 2018. Um dos pilotos da dupla campeã era Jenson Button, que havia pilotado pela Honda na F1 em diversas ocasiões: pela própria equipe Honda entre 2006 e 2008, e com motores da marca pela BAR e pela McLaren, conjunto com o qual se aposentou da categoria. 

Depois do título da Super GT, Yamamoto mirou a Fórmula 1, e passou a se fazer presente nas corridas com maior frequência. Depois do baque da parceira mal sucedida com a McLaren, a Honda apostava suas fichas no então recém-firmado acordo com o grupo Red Bull, fechado graças à insistência de Franz Tost, chefe da Toro Rosso/AlphaTauri. 

Sob olhos atentos de Yamamato e do veterano Toyoharu Tanabe, membro da Honda ainda nos tempos de Nelson Piquet no Williams e engenheiro de Gerhard Berger na McLaren, o projeto avançou. Rendeu vitórias em 2019 com Max Verstappen, mais algumas com Verstappen e Pierre Gasly em 2020 e culminou no título do holandês em 2021.

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