E agora, F1? Inglaterra proibirá motor a combustão em 2030
Primeiro-ministro Boris Johnson antecipou em 10 anos o plano original de proibição de vendas de carros movidos a gasolina. Isso afeta a F1
Mais uma notícia que afeta o futuro da Fórmula 1. A Inglaterra proibirá a venda de motores a combustão a partir de 2030. Trata-se da segunda antecipação no calendário. O plano inicial era proibir somente em 2040, depois antecipou para 2035 e agora foi fixado em 2030. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Isso repercutirá no automobilismo.
A Inglaterra é o país que tem o maior mercado do automobilismo mundial. A maioria das equipes de Fórmula 1 tem sede na Inglaterra. Os carros híbridos poderão ser vendidos somente até 2035, o que significa que a Inglaterra vai aderir totalmente aos veículos elétricos. Todas as termelétricas serão fechadas e as casas terão que ser aquecidas exclusivamente com energia elétrica.
O governo britânico vai investir 12 bilhões de libras no projeto, cerca de R$ 113 bilhões. Meio bilhão de libras serão para o desenvolvimento e produção de veículos elétricos e baterias.
Para a Fórmula 1, a decisão do governo inglês é importantíssima. A partir de 2021, a F1 decidirá como será a próxima geração de motores da categoria. É quase certo que a atual configuração de motores 1.6 V6 híbridos será abandonada, dando lugar a uma nova tecnologia, ainda híbrida. Mas, além de serem muito caros, os motores híbridos têm um futuro datado, pois trata-se de um estágio para a eletrificação total.
Em 2020, a Honda anunciou que sairá da categoria porque pretende se dedicar à pesquisa em novos carros elétricos. No caso do automobilismo, a modalidade de elétricos já é dominada pela Fórmula E, que atraiu várias montadoras. Dificilmente a F1 dará um passo rumo à eletrificação total a partir de 2021, mas dificilmente conseguirá escapar dela a partir de 2030.