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E agora, F1? Inglaterra proibirá motor a combustão em 2030

Primeiro-ministro Boris Johnson antecipou em 10 anos o plano original de proibição de vendas de carros movidos a gasolina. Isso afeta a F1

19 nov 2020 - 15h09
(atualizado às 15h32)
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F1 deve manter os carros híbridos por mais algum tempo, mas dificilmente escapará da eletrificação total.
F1 deve manter os carros híbridos por mais algum tempo, mas dificilmente escapará da eletrificação total.
Foto: Divulgação

Mais uma notícia que afeta o futuro da Fórmula 1. A Inglaterra proibirá a venda de motores a combustão a partir de 2030. Trata-se da segunda antecipação no calendário. O plano inicial era proibir somente em 2040, depois antecipou para 2035 e agora foi fixado em 2030. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Isso repercutirá no automobilismo.

A Inglaterra é o país que tem o maior mercado do automobilismo mundial. A maioria das equipes de Fórmula 1 tem sede na Inglaterra. Os carros híbridos poderão ser vendidos somente até 2035, o que significa que a Inglaterra vai aderir totalmente aos veículos elétricos. Todas as termelétricas serão fechadas e as casas terão que ser aquecidas exclusivamente com energia elétrica. 

O governo britânico vai investir 12 bilhões de libras no projeto, cerca de R$ 113 bilhões. Meio bilhão de libras serão para o desenvolvimento e produção de veículos elétricos e baterias.

Revista inglesa Autosport publicou em 2019 uma capa com o que seria um carro de F1 totalmente elétrico a partir de 2050, mas talvez isso ocorra bem antes.
Revista inglesa Autosport publicou em 2019 uma capa com o que seria um carro de F1 totalmente elétrico a partir de 2050, mas talvez isso ocorra bem antes.
Foto: Haymarket / Divulgação

Para a Fórmula 1, a decisão do governo inglês é importantíssima. A partir de 2021, a F1 decidirá como será a próxima geração de motores da categoria. É quase certo que a atual configuração de motores 1.6 V6 híbridos será abandonada, dando lugar a uma nova tecnologia, ainda híbrida. Mas, além de serem muito caros, os motores híbridos têm um futuro datado, pois trata-se de um estágio para a eletrificação total.

Em 2020, a Honda anunciou que sairá da categoria porque pretende se dedicar à pesquisa em novos carros elétricos. No caso do automobilismo, a modalidade de elétricos já é dominada pela Fórmula E, que atraiu várias montadoras. Dificilmente a F1 dará um passo rumo à eletrificação total a partir de 2021, mas dificilmente conseguirá escapar dela a partir de 2030.

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