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Apesar de todos os medos, a F1 teve um bom ritmo de evolução

Um dos medos de fãs, técnicos e jornalistas era que a F1 não teria espaço para desenvolvimento com as novas regras. O que não aconteceu...

18 out 2022 - 12h18
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Modelo atual de F1 no túnel de vento. Apesar dos receios, o desenvolvimento seguiu
Modelo atual de F1 no túnel de vento. Apesar dos receios, o desenvolvimento seguiu
Foto: F1 / Divulgação

Uma das dúvidas que surgiram com o novo regulamento da F1 era o quanto os técnicos poderiam mexer nos carros. Afinal de contas, a parte técnica é considerada a mais restritiva da história da categoria. Vimos muitos técnicos reclamando da pouca liberdade de desenvolvimento e até se falou na preocupação da F1 se tornar “uma grande F2”.

Mas vimos que, mesmo com a preocupação em tentar manter uma “igualdade” e “restrição”, o exército de técnicos nas fábricas acharam diversas áreas onde desenvolver, ainda mais com a volta oficial do “efeito solo”. E mesmo com as dificuldades e a introdução do teto orçamentário e do tempo de trabalho em computadores e túnel de vento, muitas novidades foram trazidas ao longo da temporada.

Não parece muito tempo que tínhamos equipes que refaziam carros ao longo do ano. Um carro mal-nascido tinha como ser salvo com muito trabalho de fábrica e testes de pista. Além de muito dinheiro, obviamente. As restrições introduzidas ao longo dos anos foram dificultando este modo de ação.

Este ano, a FIA e a F1 introduziram o que chamam de “mostre e conte”: na intenção de deixar mais claro para o público e a imprensa especializada quais são as alterações que cada equipe traz para cada prova e o porquê da sua introdução. Afinal, várias vezes vimos mudanças que parecem ser tão insignificantes ou internas que passavam batidas.

Com base neste processo, os alemães da Auto Motor und Sport contabilizaram: até o GP do Japão, as equipes trouxeram 286 modificações aos carros. Falamos de uma ligeira aleta até um novo assoalho. Fazendo uma conta simples, são mais de 28 modificações por equipe e cerca de 1,5 por corrida. Não é pouco.

E não basta trazer novidades. Tem que ver se funcionam. O trabalho é impressionante: o projeto de um F1 é feito com o seu conceito básico e os pacotes de melhorias. Depois, há a observação do que os outros estão fazendo e se pode ser aproveitado ao que está sendo pensado dentro de casa; afinal de contas, a cópia é uma forma mais rápida de desenvolvimento...

Então, não basta ter quantidade, mas qualidade. Ainda mais em um momento de introdução de novas regras e que a curva de aprendizado é bem acelerada, permitindo o descobrimento de soluções diferenciadas para andar bem (alô, Red Bull!). Neste ponto, a intenção da F1 foi atendida: as equipes tiveram que direcionar muito bem seus esforços técnicos e financeiros.

Porém, embora a ideia seja interessante e válida, temos que observar que a ação não é imediata. Embora a introdução de um novo regulamento com mudanças tão grandes permita um reequilíbrio de forças, com surgimento de novos atores, não é o que vemos até agora. A grande mudança foi a ascensão da Ferrari e a queda da Mercedes. Fora isso, a hierarquia seguiu a mesma.

Este ano é o segundo da instituição do teto orçamentário e dos limites de horas de uso de túnel de vento e computadores na F1. Esta dobradinha faz parte da base da grande transformação que a Liberty Media pensou para a categoria junto com os novos carros. O planejamento é que a F1 chegue a 2025 com equipes mais próximas e gastando menos. Para que funcione, é importante que a fórmula funcione...

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