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Novo Nissan Kicks inicia produção; concorrência vai reagir

Além do Nissan Kicks, segmento de SUVs compactos terá outras novidades para 2021; veja quais são os desafios do Kicks depois do facelift

12 fev 2021 - 10h56
(atualizado às 10h57)
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Previsto para estrear em março, o Nissan Kicks reestilizado já é produzido na fábrica da marca em Resende (RJ).
Previsto para estrear em março, o Nissan Kicks reestilizado já é produzido na fábrica da marca em Resende (RJ).
Foto: Nissan / Divulgação

Previsto para estrear em março, o Nissan Kicks reestilizado já é produzido no Brasil. A Nissan anunciou nesta quinta (11) que o SUV com visual atualizado já é feito na fábrica da marca em Resende, no sul do Rio de Janeiro. Lançado originalmente em 2016 no Brasil, o Kicks vive a expectativa de receber sua primeira reestilização, que estreou no ano passado na Tailândia e Estados Unidos.

Em comunicado, a Nissan afirmou que a fábrica fluminense recebeu atualizações para receber a produção do Kicks reestilizado. Vale ainda lembrar que a planta já produzia o SUV, além do sedan V-Drive (antigo Versa), e conta atualmente com cerca de 2 mil colaboradores.

Por fora, as diferenças se concentram na dianteira. O Kicks recebeu novos faróis com design mais afilado e integrados à grade. Esta, aliás, ficou maior, adotando o conceito V-Motion da Nissan, que está presente em outros carros da marca, como o Novo Versa e o futuro Sentra. Outra novidade são as novas entradas de ar do para-choque, que adotam formato vertical -- no atual elas são horizontais.

Visualmente, o Kicks terá mudanças discretas neste facelift.
Visualmente, o Kicks terá mudanças discretas neste facelift.
Foto: Nissan / Divulgação

Na lateral, nada muda, a não ser por novas opções de rodas. Já na traseira, as lanternas receberam um aplique reflexivo que as interliga pela tampa do porta-malas. Por dentro, as mudanças também foram discretas. O Kicks receberá novas cores e revestimentos, mas o desenho do console se manterá o mesmo. A novidade mais relevante é a adoção de uma nova central multimídia de 8’’, no lugar da atual de 7’’.

Mecanicamente, o modelo nacional não deve trazer a principal novidade da versão internacional. É esperado que o Kicks mantenha o atual motor 1.6 aspirado de 114 cv e 152 Nm de torque que já equipa o Versa, assim como opções de câmbio manual de 5 marchas e automático do tipo CVT.

A versão híbrida E-Power, lançada na Tailândia, é equipada com um motor 1.2 de três cilindros de 79 cv que apenas fornece energia para o motor elétrico de 129 cv e 260 Nm de torque. O conjunto faz com que o consumo do Kicks seja de 23 km/l de gasolina, e oferece um alcance de impressionantes 900 km. No Brasil, o sistema deverá utilizar um motor 1.0 de três cilindros e tecnologia flex, mas só deve chegar ao mercado nacional em 2022.

As mudanças feitas pela Nissan no Kicks são uma tentativa de fazer frente aos concorrentes. Em 2020, o Kicks foi o 4º SUV compacto mais vendido no país, atrás do Volkswagen T-Cross, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker e Hyundai Creta. Com  36.433 emplacamentos no ano passado, a Nissan tem como objetivo recuperar os números de 2019, quando o Kicks vendeu 56.060 unidades. 

VENDAS DO KICKS
ANO VENDAS
2016 10.709
2017 33.464
2018 46.812
2019 56.060
2020 36.433

No entanto, além do Kicks, outros concorrentes também devem receber novidades. Veja a seguir as mudanças que os quatro principais concorrentes do Kicks na categoria de SUVs compactos -- Volkswagen T-Cross, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker e Hyundai Creta -- devem receber ainda em 2021.

Volkswagen T-Cross

Líder de vendas em 2020, o Volkswagen T-Cross deve ganhar apenas novidades pontuais em 2021, como o ACC e o novo logotipo da marca, que estrearam no Nivus.
Líder de vendas em 2020, o Volkswagen T-Cross deve ganhar apenas novidades pontuais em 2021, como o ACC e o novo logotipo da marca, que estrearam no Nivus.
Foto: VW / Divulgação

Atual líder de vendas, com 60.119  unidades vendidas no ano passado, o Volkswagen T-Cross deve receber apenas novidades na linha 2022. Para ele, são esperados novos equipamentos, como o ACC (piloto automático adaptativo), e novidades pontuais como o novo volante e a nova logomarca da Volkswagen.

Como estas novidades estrearam em 2020 no Nivus, é natural que também sejam aplicadas ao T-Cross, que ocupa uma posição superior na linha de modelos da marca alemã. Vale lembrar que ainda no ano passado, o SUV já recebeu a nova central multimídia VW Play.

Por outro lado, mecanicamente segue tudo igual. O T-Cross deve manter os motores 1.0 TSI, com 128 cv e 200 Nm de torque, assim como o 1.4 TSI de 150 cv e 250 Nm de torque. Em relação à transmissão, o SUV da Volkswagen pode perder o câmbio manual de seis marchas, mantendo somente a opção automática.

Chevrolet Tracker

Lançada no ano passado, a atual geração do Chevrolet Tracker não terá mudanças em 2021.
Lançada no ano passado, a atual geração do Chevrolet Tracker não terá mudanças em 2021.
Foto: GM / Divulgação

Lançada no ano passado, a atual geração do Chevrolet Tracker não deve trazer novidades para 2021. O SUV derivado do Onix foi o terceiro mais vendido do segmento em 2020, quando registrou 49.372 unidades, ficando atrás apenas do T-Cross e do Jeep Renegade.

Mecanicamente, o modelo seguirá com as opções 1.0 turbo de 116 cv e 164 Nm de torque, além do 1.2, também turbo, que entrega 133 cv e 210 Nm de torque. Já o câmbio segue como o automático de seis marchas que também equipa o Onix e Onix Plus.

Jeep Renegade

Jeep Renegade ganhará uma versão híbrida plug-in ainda em 2021.
Jeep Renegade ganhará uma versão híbrida plug-in ainda em 2021.
Foto: Jeep / Divulgação

O concorrente da Jeep finalmente ganhará um novo motor em 2021. No lugar do motor 1.8 E-Torq de 139 cv, o Renegade ganhará um novo motor 1.3 turbo de 180 cv. Enquanto o visual não deve trazer nenhuma mudança, o modelo deve ganhar novos equipamentos de série, e também uma versão híbrida plug-in.

Nessa versão, o Renegade trará um conjunto formado pelo motor 1.3 turbo e um motor elétrico de 60 cv que atua somente nas rodas traseiras. Juntos, eles entregam uma potência combinada de 240 cv e oferecem uma autonomia de 50 km em modo totalmente elétrico.

Hyundai Creta

Visual controverso da nova geração do Hyundai Creta pode acabar afastando alguns compradores; lançamento deve ocorrer no segundo semestre do ano.
Visual controverso da nova geração do Hyundai Creta pode acabar afastando alguns compradores; lançamento deve ocorrer no segundo semestre do ano.
Foto: Hyundai / Divulgação

Se por um lado, os outros concorrentes trarão apenas novidades pontuais, o mesmo não pode ser dito do Hyundai Creta. O modelo sul-coreano terá direito a uma nova geração, que já foi lançada na Ásia. O visual controverso, no entanto, pode acabar afastando alguns compradores, assim como aconteceu com o hatch HB20, também da Hyundai.

Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2021, a nova geração do Creta terá porte maior do que o modelo atual vendido no Brasil. Ele ganhará 3 cm a mais no comprimento, totalizando 4,30 m. O entre-eixos também crescerá cerca de 2 cm, e o porta-malas passará de 402 litros para 408.

Mecanicamente, o Creta deverá trocar os motores aspirados atuais -- de 1.6 e 2.0 litros -- pelo motor 1.0 TGDI, com turbo e injeção direta, que já é utilizado no HB20 e entrega 120 cv e 171 Nm de torque. Equipado sempre com um câmbio automático de 6 marchas, o Creta também deverá ganhar em 2022 o inédito 1.4 TGDI, de 140 cv e 242 Nm.

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