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10 carros secretos da Volkswagen para matar a saudade

Conheça um pouco da história do Zé do Caixão, SP1, Passat, Kombi, Fusca e até de um jipe que a Volks fez para o Exército brasileiro, o VEMP

29 nov 2019 - 06h00
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Fusca 1986, ano do fim da produção.
Fusca 1986, ano do fim da produção.
Foto: Divulgação

Ah, aqueles carros de motor e tração traseira e suas histórias maravilhosas… É difícil encontrar no Brasil uma família que não tenha uma história para contar com os clássicos carros produzidos pela Volkswagen na Fábrica Anchieta. O lugar tem esse nome porque fica na Rodovia Anchieta (liga a capital e o litoral paulista), onde a VW começou sua história no Brasil, há 60 anos.

A Garagem Volkswagen expõe 20 de seus 98 carros guardados a sete chaves. Os mais interessantes são os carros que usavam o chassi do Fusca, por isso utilizavam motor traseiro e tinham tração traseira. Essa configuração mecânica é excelente e foi responsável pela bravura dos VW nas estradas de terra do Brasil nos anos 1960 e 1970, principalmente.

Entre eles destacamos o VW 1600, que ficou conhecido como “Zé do Caixão”, porque era quadradinho e as maçanetas das portas lembravam as alças de um caixão funerário. Curiosamente, o carro é um sedã que não usava a principal virtude dos sedãs: oferecer um grande porta-malas. Isso porque o motor ficava atrás, como no Fusca, e o bagageiro na frente, também como no Fusca.

Sua principal vantagem era  ter o motor isolado da cabine. Isso já não acontecia, por exemplo, na Variant, no Brasília, no TL e no SP1/SP2, que vieram depois do VW 1600 (também conhecido, na época, como Volkswagen 4 portas). Mesmo assim, a Variant, o Brasília e o TL vingaram, coisa que não aconteceu com o “Zé do Caixão”.

Mais tarde, a Volkswagen mudou radicalmente e passou a produzir carros com motor dianteiro, tração dianteira e refrigerados a água. Casos do Passat e do Gol, dois grandes sucessos da montadora alemã no Brasil. Veja a seguir uma pequena parte da história de nove clássicos da Volkswagen, contada pelo Departamento de Comunicação da empresa, que assina o texto a partir daqui.

VW 1600

O 1600 foi produzido até 1971 e é um dos modelos mais importantes na história da Volkswagen no Brasil. De sua base – nova, com maior bitola que a do Fusca – nasceram quatro outros veículos, que ampliaram substancialmente o portfólio da Volkswagen no Brasil: Variant, 1600 TL, SP1 e Brasília. O Fusca também passou a ser produzido sobre esse chassi a partir de 1970, na versão 1500.

A unidade em exposição é ano 1970 e pertenceu a um colecionador de automóveis antigos e está entre os primeiros veículos adquiridos para o Acervo da Volkswagen do Brasil. Foi totalmente desmontada, reformada em todos os seus detalhes, repintada e montada.

VW 1600, um sedã com motor na traseira.
VW 1600, um sedã com motor na traseira.
Foto: Divulgação

VOYAGE

A produção do Voyage começou na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, que fabricou 340.891 unidades do carro em dois períodos: entre 1981 e 1987 e entre 1990 e 1996. Nos anos de 1988 e 1989 o carro foi produzido na fábrica de Taubaté. O Voyage soma mais de 1 milhão de unidades vendidas ao longo de sua história. A unidade exposta, versão GL ano 1995, foi retirada da linha de produção diretamente para o Acervo da Volkswagen.

Voyage, mais de 1 milhão de vendas.
Voyage, mais de 1 milhão de vendas.
Foto: Divulgação

KOMBI SAIA-E-BLUSA E STANDARD

Ao lado do Fusca, a Kombi marcou o início das atividades da Volkswagen no País, há 60 anos. Sua montagem começou no ano de 1953, em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo. A Kombi foi fabricada até agosto de 2013. Para celebrar sua despedida foi lançada a versão especial Last Edition (1.200 unidades produzidas).

Estão em exposição duas unidades da Kombi. A unidade com pintura saia-e-blusa (cores vermelho calipso e branco lótus) é de 1961, foi comprada de um colecionador e totalmente reformada na Fábrica Anchieta.

A Kombi Standard é uma das maiores raridades entre os modelos expostos na Garagem VW: trata-se da última unidade fabricada na Anchieta. Saiu da linha de produção diretamente para o Acervo, em 2013. Com menos de 100 km aferidos no hodômetro, está totalmente original.

Kombi saia-e-blusa e Kombi Standard.
Kombi saia-e-blusa e Kombi Standard.
Foto: Divulgação

FUSCA E FUSCA CABRIOLET

Carro que iniciou as operações da Volkswagen no Brasil, em 1953, montado em um galpão no bairro do Ipiranga. Seu motor tinha 1200 cm³. A partir de 1959 começou a ser fabricado no País, já na unidade Anchieta, até 1986.

Durante todo esse período o Volkswagen Sedan foi sempre equipado com diferentes versões do motor quatro-cilindros refrigerado a ar – o câmbio foi sempre manual de quatro marchas e a tração, traseira. As duas unidades expostas na Garagem VW são muito especiais.

O Fusca 1986, que saiu diretamente da linha de produção, está entre os últimos fabricados na “primeira fase” do modelo, que foi de 1959 a 1986. Já o conversível é um dos Fusca que tiveram a carroceria adaptada por empresa especializada para o evento de celebração da retomada de produção do modelo, em 1993.

Fusca Cabriolet.
Fusca Cabriolet.
Foto: Divulgação

SP1    

Considerados por antigomobilistas como dois dos modelos mais belos da história da Volkswagen, o SP1 (motor 1.6) e o SP2 (motor 1.7) foram inteiramente projetados, desenvolvidos e produzidos no Brasil – o desenho foi assinado pelo célebre designer automobilístico Marcio Piancastelli.

Com menos de 100 unidades produzidas, o SP1 é um modelo raro. A unidade em exposição é ano 1971 passou por diversos departamentos na Fábrica Anchieta, ficou guardado por anos, foi encontrado, totalmente recuperado e integrado ao Acervo da Volkswagen.

SP1, um raro esportivo.
SP1, um raro esportivo.
Foto: Divulgação

VEMP

A Volkswagen mostrava sua ousadia ao desenvolver um projeto inédito para poder participar de uma licitação do Exército Brasileiro no início dos anos 1970. Era um “veículo todo terreno”, com tração 4x4 e que tivesse capacidade para puxar 500 kg de carga. E assim surgiu o VEMP, sigla para “Veículo Militar Protótipo”.

VEMP, um projeto para o Exército.
VEMP, um projeto para o Exército.
Foto: Divulgação

GOL BY

Uma das maiores lendas da indústria automobilística brasileira, o projeto de código interno BY tem gerado discussão há mais de trinta anos. A unidade exposta é a única a restar do desenvolvimento do modelo, e permaneceu guardada na Anchieta desde o cancelamento do projeto, em 1987.

A proposta era ter um novo veículo de entrada para a marca no País, menor do que o Gol, do qual herdava a parte dianteira da carroceria (da coluna central “B” para a frente). Mas com alguns recursos mecânicos e de construção mais modernos, à frente de seu tempo.

Gol BY, que seria um subcompacto.
Gol BY, que seria um subcompacto.
Foto: Divulgação

PASSAT

Primeiro veículo Volkswagen com motor refrigerado a água – seu quatro cilindros de 1500 cm³ desenvolvia 78 cv brutos –, o Passat foi lançado no Brasil em 1974, apenas um ano após sua chegada na Europa. Com desenho assinado pelo italiano Giorgetto Giugiaro, o GTS Pointer exposto é uma das últimas unidades do Passat fabricadas na Anchieta, em 1988, e saiu da linha de produção diretamente para o Acervo VW.

Passat GTS.
Passat GTS.
Foto: Divulgação
Guia do Carro
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