Trump confirma ação terrestre contra cartéis de drogas em breve
O anúncio da iminente ação terrestre contra o narcotráfico sucede um incidente ocorrido no Oceano Pacífico, um dia antes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou nesta quinta-feira (23) que o país deve executar, em breve, operações militares em solo direcionadas a cartéis de tráfico de drogas. A declaração foi feita em Washington, após questionamentos sobre a escalada da ofensiva militar contra cartéis. O líder norte-americano não mencionou uma nação específica, embora as ações recentes tenham ocorrido em uma região com histórico de tensão diplomática. O assunto, segundo o presidente, será tratado em discussão com o Congresso.
O anúncio da iminente ação terrestre contra o narcotráfico sucede um incidente ocorrido no Oceano Pacífico, um dia antes. A investida contra uma embarcação suspeita de transportar entorpecentes, o nono ataque desse tipo registrado na América do Sul, resultou na morte de três indivíduos, conforme informações divulgadas pelo Departamento de Guerra. A intensificação do combate ao tráfico internacional de drogas na região tem marcado os últimos dias, expandindo-se para além da área do Caribe, próxima à costa sul-americana. Anteriormente, os bombardeios executados haviam se concentrado nessa área.
Em um encontro com a imprensa, Trump indicou que não considera essencial solicitar ao Congresso uma declaração formal para o uso de força militar EUA contra os grupos criminosos. O presidente afirmou que as operações terão continuidade. "Não acho que vamos necessariamente pedir uma declaração de guerra", disse. "Acho que vamos apenas eliminar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Correto? Vamos eliminá-las." A postura do governo em classificar os cartéis como organizações narcoterroristas e a recente autorização para Operações CIA secretas em território estrangeiro (não nomeado) sublinham a seriedade da ação terrestre contra o narcotráfico.
Os Estados Unidos têm justificado a ofensiva como uma medida contra o tráfico internacional de entorpecentes. No entanto, o governo norte-americano também tem levantado acusações contra o líder de um país sul-americano, afirmando que ele estaria à frente de uma organização de tráfico classificada como narcoterrorista. O líder sul-americano nega as alegações.
O presidente dos EUA também acusou o chefe de Estado de outro país sul-americano (Colômbia) de ser um traficante e de ser ineficaz no enfrentamento aos narcóticos em seu próprio território. O presidente colombiano rejeitou as alegações. O tema de possíveis operações militares EUA cartéis não é recente nas falas de Trump; na semana anterior, ele já havia mencionado a avaliação dessa possibilidade.
Pete Hegseth, secretário de Guerra, acompanhou o presidente e reforçou a postura do Pentágono em relação à ofensiva militar contra cartéis. Ele declarou que as Forças Armadas têm como objetivo rastrear e neutralizar todos os indivíduos ligados a grupos classificados como "terroristas" que transportam substâncias ilícitas para os Estados Unidos. "Estas são organizações terroristas estrangeiras designadas. São o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental. Nossa mensagem para essas organizações terroristas estrangeiras é: trataremos vocês como tratamos a Al-Qaeda."
Em paralelo, veículos de imprensa americanos reportaram que autoridades na Casa Branca estão articulando uma ação que, em seu objetivo final, buscaria a destituição do governo de um líder sul-americano (Maduro). Tais informações indicam uma possível coordenação de operações militares EUA cartéis com objetivos de política externa mais amplos, reforçando a complexidade do combate ao tráfico internacional de drogas.
Na mesma coletiva, o presidente Trump desmentiu relatos de que aeronaves de bombardeio dos Estados Unidos teriam sido deslocadas para a área costeira de um país sul-americano. Contudo, o jornal "The Wall Street Journal" havia noticiado que aviões supersônicos executaram uma "demonstração de ataque" perto da costa sul-americana mais cedo. A recente declaração de ações terrestres iminentes marca um novo patamar na política externa de segurança dos EUA e no enfrentamento aos grupos de narcotráfico na região.
