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Tesla forma comitê para analisar proposta de Musk para fechar capital

Presidente executivo da fabricante de carros elétricos segue empenhado para tirar empresa da bolsa de valores Nasdaq

14 ago 2018 - 14h07
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O conselho administrativo da Tesla anunciou nesta terça-feira, 14, que nomeou um comitê de três diretores para negociar e avaliar as propostas de Elon Musk para fechar o capital da fabricante de carros elétricos. No comunicado, divulgado pela manhã, a empresa acrescentou ainda que ainda estava à espera de uma proposta oficial do presidente executivo - na semana passada, Musk disse que pretendia tirar a empresa da bolsa de valores caso suas ações batessem a marca de US$ 420.

Na ocasião, Musk disse ainda que o financiamento para o projeto estava "assegurado", sem dar detalhes. A declaração fez a empresa subir 11% na bolsa de valores, mas ao mesmo tempo, também provocou investigações da autoridade regulatória americana (SEC, na sigla em inglês) e processos de investidores, que disseram que Musk buscou manipular o mercado. Na última segunda-feira, o executivo explicou que está em negociações com o fundo soberano da Arábia Saudita (PIF, na sigla em inglês) para a manobra, que retiraria a empresa da bolsa de valores Nasdaq.

O comitê terá o trabalho de avaliar qualquer proposta de Musk que se materialize. Caso ela realmente aconteça, será a maior manobra do tipo na história - hoje, a Tesla está avaliada em US$ 60 bilhões, mais do que a Ford ou a General Motors, que produzem muito mais veículos que ela. A empresa disse ainda que o comitê poderá tomar qualquer ação em nome do conselho, incluindo propor alternativas ao que for proposto por Musk.

Alívio. Fechar o capital da Tesla seria uma forma de a empresa se livrar de um grande complicador: a pressão exercida por investidores para demonstrar lucros e resultados no curto prazo. "Isso nos possibilitaria operar no nosso melhor possível, livre de distrações", disse Musk em seu perfil do Twitter.

A pressão tem sua razão de existir. Desde o começo do ano, a empresa enfrenta problemas em sua linha de produção, tendo dificuldades para entregar unidades o suficiente do Model 3. Lançado no início do ano, o modelo sedã é considerado vital por analistas para popularizar os carros elétricos no mercado e dar robustez à empresa no médio prazo.

Estadão
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