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Startups do agronegócio crescem e já representam o terceiro maior setor no Brasil

Uma das locomotivas da economia brasileira, o agro negócio parece estar se abrindo ainda mais para o uso de tecnologias inovadoras

7 jul 2021 - 05h10
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O agronegócio, uma das locomotivas da economia brasileira, parece estar se abrindo ainda mais para o uso de tecnologias inovadoras de startups. É o que mostra o mais recente mapeamento do setor realizado pela ABStartups. As startups do setor já ocupam a terceira posição entre 45 segmentos de startups monitorados pela associação, representando 11,8% das startups do País, atrás apenas dos segmentos de saúde e educação. A participação dessas empresas no ranking geral cresceu 6%, desde o levantamento de 2018.

Há informações relevantes, como o aumento da distribuição regional das empresas, antes muito concentradas na região Sudeste, agora também muito presentes no Sul do País. Boa parte das "agtechs" - 42% - têm entre 4 e 5 anos de idade, mostrando certa maturidade. Ao mesmo tempo, 22% delas tem até 1 ano de criação, demonstrando o crescimento e a renovação na área.

Trata-se de um setor intensivo no uso de tecnologia, sendo que quase 16% das empresas utilizam hardware (sensores e equipamentos), valor muito mais alto que em outros setores. Outro dado interessante mostra que 47,1% das agtechs nacionais já receberam investimentos - é quase o dobro das startups em geral, das quais 26,7% atraíram capital de investidores.

As soluções também são bem diversas. A maioria (72,6%) está focada no processo de produção - ou "dentro da porteira", no jargão do setor, com destaque para aplicações de inteligência de dados, analytics, internet das coisas para a agricultura de precisão. Há ainda startups "antes da porteira" que têm ganhado destaque, como as "agfintechs", que financiam o processo produtivo. Depois da porteira, outra startups apoiam o setor nas etapas de venda, beneficiamento e distribuição.

Entre os principais desafios apontados para a evolução das "agtechs" no País, estão a má infraestrutura de conectividade no campo e a cultura ainda pouco aberta a inovações tecnológicas no setor. Essa realidade, contudo, parece estar mudando cada vez mais rapidamente e o potencial de crescimento é enorme, se considerarmos a representatividade do agro na economia nacional.

*ESPECIALISTA EM EMPREENDEDORISMO E TECNOLOGIA. JÁ APOIOU MAIS DE 10 MIL STARTUPS NO BRASIL E É SÓCIO DA 10K DIGITAL

Estadão
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