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Se fosse listado na B3, Mercado Livre seria a empresa mais valiosa da Bolsa Brasileira

Pelos números do fechamento desta sexta-feira, a varejista argentina valia US$ 59,351 bilhões

7 ago 2020 - 18h20
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Se o Mercado Livre fosse listado na B3, seria a empresa mais valiosa da Bolsa brasileira. Pelos números do fechamento desta sexta-feira, a varejista argentina (mas que colhe a maior parte de suas receitas no Brasil) valia US$ 59,351 bilhões. Em reais, o valor total era de R$ 321,344 bilhões.

As duas empresas mais valiosas da B3, a Vale e a Petrobrás fecharam o pregão de hoje valendo, na Bolsa de Nova York (Nyse), US$ 57,249 bilhões e US$ 55,479 bilhões. Bem atrás, o Itaú Unibanco tinha capitalização de US$ 44,784 bilhões. Na Bolsa de São Paulo, os valores eram de R$ 319,446 bilhões, R$ 301,154 bilhões e R$ 242,768 bilhões.

Embora não seja listado na B3, o Mercado Livre passa pelo mesmo fenômeno que catapulta, desde o início do ano, os valores de mercado de empresas de e-commerce, com a pandemia da covid-19 impulsionando as vendas do varejo online. Por aqui, a mais valiosa é o Magazine Luiza, com capitalização de R$ 139,158 bilhões pelo fechamento de hoje. Em 2 de janeiro, a empresa valia bem menos do que isso, R$ 80,050 bilhões.

No Brasil e nos Estados Unidos, o investidor tem se mostrado mais disposto a pagar valores cada vez maiores por nomes de e-commerce porque, em meio à pandemia, com o receio do consumidor a se expor a lojas físicas, esse negócio é um dos que mais tem se beneficiado. Nos balanços do primeiro trimestre, atingido pela pandemia no País apenas nas últimas duas semanas, as empresas do setor já haviam sinalizado essa aceleração.

No segundo trimestre, a expectativa é que os resultados confirmem esse movimento. "Apenas duas empresas de nossa cobertura apresentarão evolução positiva de vendas no segundo trimestre: B2W e Magalu", afirmam Daniela Bretthauer, Eric Huang e Tales Granello, da Eleven Financial, em relatório de prévias dos resultados de varejistas. Para as demais, a queda das vendas deve ser superior a 50% em bases anuais. A Eleven vê baixa menor para a Via Varejo, mas "ainda assim uma variação negativa."

Mais do que pelas vendas, porém, o investidor se mostra mais disposto a pagar por estas empresas por perceber que parte delas tem "fechado o cerco", dominando, através de aquisições ou iniciativas orgânicas, desde a captação dos clientes até a monetização de anúncios digitais. Neste sentido, aliás, a compra de duas empresas de mídia pelo Magazine Luiza foi elogiada por analistas e, entre outros pontos, colocou a brasileira em um negócio - o de publicidade - no qual o Mercado Livre já opera.

Estadão
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