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Resultados das gigantes de tecnologia centram atenções após audiência no Congresso

30 jul 2020 - 14h39
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Quatro das gigantes de tecnologia dos Estados Unidos, responsáveis por quase 20% do valor total do S&P 500, divulgam resultados nesta quinta-feira, na esteira de uma audiência no Congresso para analisar supostos abusos de seu domínio global.

Logotipos de Amazon, Apple, Facebook e Google. REUTERS
Logotipos de Amazon, Apple, Facebook e Google. REUTERS
Foto: Reuters

Será a primeira vez que Apple, Amazon, Alphabet e Facebook reportarão seus resultados financeiros no mesmo dia e os investidores questionam se elas podem entregar o suficiente para estender um rali que tem sido central na recuperação de Wall Street desde março.

Consideradas as 'vencedoras da quarentena', quando milhões de pessoas tiveram que permanecer em locais fechados para conter a pandemia de Covid-19, as ações das gigantes de tecnologia atingiam máximas recordes em um momento em que o índice S&P 500 subia menos de 1% no ano.

Mas com muitas lojas da Apple ainda fechadas e os custos do comércio eletrônico da Amazon disparando, ainda existem muitas questões, e parte de Wall Street argumenta que os preços das ações das quatro subiram para além de avaliações racionais.

"É simplesmente o momentum", disse Leo Kelly, fundador da Verdence Capital Advisors, ao Reuters Global Markets Forum. Os balanços devem ocorrer após o fechamento do mercado.

"Quando você tem ações que parecem estar se transformando em uma bolha, você não sabe até onde isso vai. Não dá simplesmente para olhar e dizer 'vai cair'. Pode ir a qualquer lugar e o risco está se tornando extremamente, extremamente alto".

CENÁRIO AMEAÇADOR

O Google, da Alphabet, e o Facebook sofreram impactos particularmente acentuados na quarta-feira, quando democratas e republicanos afirmaram que as empresas prejudicam rivais menores na busca por participação de mercado, nos mais recentes baques em um cenário regulatório cada vez mais ameaçador.

Já para a Apple, a dor de cabeça é uma desaceleração nas vendas de hardware à medida que o mundo entra em recessão, com analistas prevendo que a pandemia reduzirá a receita em cerca de 3% e derrubará o negócio do iPhone em quase 14%.

Da mesma forma, o Facebook e o Google estão enfrentando um colapso nos gastos com marketing. Analistas da Refinitiv estimam que o Facebook pode registrar seu crescimento de receita mais lento - cerca de 3% - desde que se tornou uma empresa pública.

Apesar da alta das ações, que ressuscitou o fantasma de outra bolha tecnológica, com a Amazon subindo 64% este ano e as demais entre 13% e 29%, os investidores apostam que as empresas surgirão da crise mais fortes que suas rivais menores.

"O fator unificador é que elas têm a capacidade de crescer e controlar suas estruturas de custos através da pandemia. Esse é sempre um bom lugar para começar quando você tem uma crise", afirmou Nicholas Colas, co-fundador da DataTrek Research.

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