A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, contou nesta quarta-feira no Festival Internacional de Publicidade de Cannes que deu uma festa quando o criador da empresa, Mark Zuckerberg, completou 30 anos. "Mark mudou muito desde que eu entrei no Facebook, há seis anos", disse. "Eu fiquei muito feliz quando ele fez 30. Ele não quis fazer uma festa. Eu fiz uma festa!". E, pelo seu relato, não foi a única. "Muitos dos que são mais velhos no Facebook, como eu, celebraram também." Sandberg exaltou as qualidades do chefe: "Ele é um otimista, e acredita que as pessoas serão capazes de realizar coisas incríveis se fornecermos tecnologia a elas", explicou.
Sandberg defendeu a personalização como o principal instrumento para chegar aos usuários de internet. "Quando eu cheguei à empresa, 50% das pessoas voltavam ao Facebook todos os dias. Hoje, 63% dos nossos 1,3 bilhão de clientes nos visitam diariamente", disse, atribuindo essa expansão à crescente personalização do conteúdo. Apesar da entrega de posts ter sido modificada por meio de algoritmos, a executiva disse que a criatividade e a inteligência humana são mais eficientes do que palavras-chave.
A executiva exaltou o protagonismo das pessoas na evolução dos produtos e citou a si própria como exemplo. "Quando cheguei ao Facebook, há seis anos, achava que era necessário desenvolver os produtos localmente em cada país", contou, explicando que hoje tem uma visão diferente."Quem torna o Facebook local são as pessoas." Quando a pergunta foi sobre privacidade, um dos temas mais controversos que envolvem a empresa, foi enfática: "Esse é um tema de transparência e de controle. É importante que as pessoas entendam o que está sendo feito com os dados delas, que saibam quem tem acesso a eles e que têm o controle dessas informações."
Aos publicitários, a mensagem foi a de que o futuro é móvel, além de personalizado. "Nos Estados Unidos, 20% do tempo gasto online é no celular, mas somente 4% do investimento publicitário está nesse mercado", citou Sandberg.
No fim, Sandberg falou sobre o tema sobre o qual escreveu o livro "Lean In": a participação feminina na liderança das organizações. "Estamos a décadas de ter metade das mulheres ocupando os cargos importantes em qualquer indústria, não só na tecnologia", citou, dando à platéia como exemplo o fato de que somente 3% dos diretores criativos da indústria da publicidade são mulheres. "Como não estamos habituadas a ver mulheres como líderes, as atitudes das mulheres que fazem isso não é agradável", disse. "É por isso que dizemos que um homem tem a atitude de "chefe" e uma mulher é "mandona". (...) O termo 'mandona', entre crianças, é usado quatro vezes mais com meninas do que com meninos." A seguir, provocou: "Tentemos dizer que aquela menina não é mandona, mas que tem habilidades de liderança executiva." Quando a platéia riu, Sheryl complementou: "Se eu disser que um menino tem habilidades de liderança executiva, isso parece engraçado ou fora de lugar?" Um profundo silêncio foi a resposta.
Mark Zuckerberg; Idade: 30; Fortuna estimada: US$ 28,5 bilhões; País: Estados Unidos
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A réplica de Mark Zuckerberg aparece em frente a uma foto do bairro Fisherman's Wharf, em São Francisco
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Mark Zuckerberg fez a abertura da conferência de desenvolvedores do Facebook
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Mark Zuckerberg durante palestra no Mobile World Congress 2014, em Barcelona
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Zuckerberg comentando a compra do WhatsApp em seu perfil
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Mark Zuckerberg e sua mulher doaram US$ 970 milhões para uma instituição no Vale do Silício em 2013
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O maior acerto de Mark Zuckerberg, que se tornou uma celebridade, foi usar sua própria imagem como uma personificação do Facebook
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Em 20 de abril, o president dos EUA, Barack Obama, conversa com Mark Zuckerberg, durante um encontro na sede do Facebook, em Palo Alto, na Califórnia
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A história de Mark Zuckerberg e do Facebook chega ao cinema pelas mãos do diretor David Fincher. O longa-metragem recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo melhor filme
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O ano de 2011 foi bem agitado para o Facebook. No segundo dia de janeiro, o Goldman Sachs e a Digital Sky Technologies injetaram US$ 500 milhões na rede social, em um movimento que elevou o valor da companhia de Zuckerberg a US$ 50 bilhões. Mas, na sequência, o banco - um dos maiores de investimento do mundo - vendeu cerca de US$ 1,5 bilhão em ações da rede a investidores privados, o que levantou suspeitas da Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA
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Os irmãos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss (foto) e Divya Narenya, que abriram a rede ConnectU após o suposto roubo de Zuckerberg de suas ideias, chegam a um acordo com o ex-estudante em 7 de abril de 2008. O Facebook teria pago US$ 65 milhões aos três ex-Harvard
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Em agosto de 2007, Zuckerberg já aparecia na capa da revista Newsweek
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Em 24 de outubro de 2007, investimentos de uma gigante de peso aumentam o valor do Facebook para US$ 15 bilhões. A Microsoft anunciou a compra de 1,6% das ações da rede social por US$ 240 milhões
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Nas entrevistas seguintes, Zuckerberg ficou conhecido por sempre vestir um moleton de capuz. Na imagem, ele posa para fotos que seriam enviadas para a revista BusinessWeek
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Presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, apresenta o aplicativo "Home" que integra a rede social com o Android, durante evento à imprensa em Menlo Parl, Califórnia, 4 de abril de 2013. Zuckerberg selecionou Samsung, Qualcomm e quatro outras companhias para um projeto que tem como objetivo levar a Internet a pessoas no mundo que não podem pagar por ela, refletindo esforços promovidos pelo Google e outros grupos. 04/04/2013
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Mark Zuckerberg durante passeio com a mulher, Priscila Chan, em Nova York, Estados Unidos
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O brasileiro Eduardo Saverin foi o primeiro diretor financeiro do Facebook. Atualmente, ele vive em Cingapura, onde trabalha como investidor. Saverin tem fortuna estimada em US$ 2,65 bilhões