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Vizinho do Bem cria rede de ajuda para grupo de risco em meio à pandemia

Por meio de um cadastro no site, a equipe da plataforma conecta voluntários às pessoas que não podem deixar suas casas durante a quarentena pelo coronavírus

26 mar 2020 - 14h02
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Em tempos difíceis de isolamento social por conta da pandemia de coronavírus, algumas demonstrações de solidariedade surgem para tentar facilitar a vida de quem mais precisa. Uma dessas iniciativas é a Vizinho do Bem, site idealizado pela equipe da Noknox, startup que interliga pessoas e condomínios. A plataforma, que já está presente em mais de 340 cidades do País, conecta voluntários com pessoas que precisam de ajuda para fazer atividades, mas que não podem sair de casa.

Joaquim Venâncio, presidente executivo da Noknox, contou ao Estado que teve a ideia depois que viu pessoas oferecendo ajuda por meio de cartazes em elevadores, nos condomínios que recebem o serviço da startup. Na digitalização desses pedidos, a equipe decidiu criar uma plataforma exclusiva para a demanda, para que todas as pessoas pudessem ter acesso gratuito ao serviço.

"Uma das nossas reflexões foi que se a gente fizesse uma plataforma gratuita fora do Noknox a gente poderia alcançar mais pessoas e ajudar, por exemplo, um vizinho de uma casa do outro lado da rua, que não está no condomínio mas que também precisa de ajuda", afirma.

Com toda a urgência da situação, a plataforma foi ao ar apenas dois dias depois da ideia inicial. No site, um cadastro simples é necessário tanto para quem quer ajudar quanto para quem precisa de alguma ajuda, com alguns dados de contato. A partir disso, a equipe da Vizinho do Bem, composta, no momento, por quatro pessoas, identifica os pedidos a partir da localização, e repassa as informações para que as duas partes estejam em contato.

Na rápida operação, a intermediação tem sido feita de forma manual, mas Venâncio afirmou que a equipe já trabalha em um aplicativo para automatizar o processo, que deve ser lançado até o começo da próxima semana.

Os pedidos mais comuns são das pessoas do grupo de risco - idosos e pessoas doentes - que não podem sair de seus isolamentos para comprar produtos de supermercado e farmácia, por exemplo. Com pouco mais de uma semana de atividade, a plataforma registrou cerca de 4,3 mil voluntários e 138 pedidos de ajuda em todos os estados do Brasil. "O time inteiro está muito animado de estar fazendo esse trabalho. A gente acredita que esse momento vai ser um dos momentos mais marcantes da história da humanidade, fazer algo positivo nesse momento tão duro é muito importante", conta Venâncio.

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

Estadão
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