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Programa do Google para startups será feito à distância pela primeira vez

Quinta turma do Google For Startups Accelerator (antigo Launchpad) terá atividades 100% online, por conta do distanciamento social; para executivo, formato é teste para novo produto

8 abr 2020 - 05h10
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Um dos mais tradicionais programas de incentivo a startups do País, o Google for Startups Accelerator, será realizado pela primeira vez 100% online em 2020. Por conta da quarentena imposta em São Paulo, a quinta turma do programa não poderá participar do ciclo de apoio da forma tradicional, feita presencialmente em São Paulo. "Será a chance de testar um novo modelo e ver como gerar impacto para as startups", avalia André Barrence, chefe do Google for Startups São Paulo, espaço que normalmente sediaria o programa.

Focado em startups de qualquer tamanho, mas que tenham desafios relacionados a áreas como computação em nuvem, aprendizado de máquina e automatização de anúncios, o Accelerator terá 10 startups em sua quinta turma. Entre elas, o principal destaque é a Loft, startup do setor imobiliário que se tornou um unicórnio em janeiro desse ano, ao receber um aporte de US$ 165 milhões. Em outras edições, o programa já teve participação de empresas como Nubank, mas antes dela ser avaliada em mais de US$ 1 bilhão.

Outros destaques são a Caju, que faz um sistema de benefícios para funcionários de empresas, a DeÔnibus, que vende passagens de transporte rodoviário, e a Jobecam, plataforma de recrutamento online. Completam a lista a Bothub (IA), a GoFind (varejo), Isportistics (esportes), Neomed (saúde), Promobit (varejo) e Real Valor (investimentos).

Segundo Rodrigo Carraresi, diretor do programa, a turma já havia sido escolhida antes da explosão da crise do coronavírus. Por conta da pandemia, alguns aspectos do programa serão transformados. "O programa é focado em nuvem e IA, mas também vamos dar suporte a outras áreas, entendendo o foco das empresas nesse novo momento", afirma o executivo.

Segundo ele, todos os projetos das empresas tiveram de passar por adaptações para se adequar aos novos tempos. As primeiras atividades fluíram bem - e levando em consideração a realidade atual. "Teve gente que entrou nas videochamadas com filho ou animal de estimação no colo, o que deu uma leveza para o momento."

Na visão de Barrence, a impossibilidade de reunir diferentes startups num mesmo espaço fez a empresa testar um novo formato que, até então, seria impensável. "A gente acreditava muito na questão física como um fator importante. Agora vamos ver o que acontece", diz. Ele não descarta a possibilidade do modelo ser copiado pelos outros espaços de startup do Google pelo mundo, ou se tornar padrão. "Um modelo híbrido também pode acontecer".

Para Carraresi, há também vantagens no novo formato. "Poderemos contar com mentores de qualquer lugar do mundo, porque não teremos mais a limitação de fazê-los voar para cá para ajudar as startups", diz.

Estadão
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