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iFood expande fundo de apoio a restaurantes para R$ 100 milhões

Quantia destinada a auxiliar estabelecimentos em tempos de crise foi dobrada; durante pandemia, empresa também afirma ter destinado R$ 14 milhões para auxiliar entregadores

20 mai 2020 - 16h01
(atualizado às 16h40)
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O iFood anuncia nesta quarta-feira, 20, que vai dobrar o tamanho de seu fundo de apoio para restaurantes durante a pandemia do novo coronavírus. Em março, com a chegada da covid-19 ao País e as medidas de isolamento social, a startup de entregas havia destinado R$ 50 milhões para os estabelecimentos parceiros. Dois meses depois, com o fundo já esgotado, a empresa decidiu colocar mais R$ 50 milhões à disposição de seu ecossistema, que saltou de 130 mil restaurantes para 160 mil ao longo da pandemia.

"Estamos enfrentando um desafio que se prolongou mais do que o imaginado lá atrás e por isso vais colocar mais dinheiro para dar oxigênio para os restaurantes sobreviverem à crise", explica Diego Barreto, diretor financeiro do iFood, em entrevista exclusiva ao Estadão. "Lá atrás, imaginamos que dois meses seriam suficientes para as coisas se ajustarem, mas a conclusão que chegamos é que o Brasil vai demorar mais um tempo para conseguir isso."

Segundo ele, o fundo será válido para o próximo mês inteiro, com recursos sendo liberados semanalmente para os parceiros. Além disso, o iFood também decidiu estender a política de antecipação de pagamentos para os restaurantes em até 7 dias - antes da pandemia, os estabelecimentos recebiam os valores em até 30 dias. Segundo ele, cerca de 90% da base de parceiros do iFood solicitou o auxílio.

O período do novo coronavírus fez também a demanda por pedidos crescer para a startup: em março, foram registrados 30,6 milhões de entregas, contra 26 milhões em novembro do ano passado. "As pessoas estão pedindo de forma mais espaçada ao longo do dia, usando o iFood não só para almoço e jantar, mas também para o café da manhã e café da tarde", afirma Barreto.

Entregadores terão fundo estendido 'indefinidamente'

Barreto disse ainda que a empresa vai estender a duração dos fundos de auxílio para os entregadores - avaliados em R$ 2 milhões, os programas fizeram pagamentos para os parceiros que tivessem sintomas do coronavírus ou pertencessem ao grupo de risco da doença. Segundo o executivo, os fundos serão estendidos indefinidamente. "Não estamos colocando uma data limite, porque entendemos que, mesmo num momento de relaxamento, precisaremos colaborar para que o delivery esteja seguro", diz.

Segundo Barreto, não há nenhum caso confirmado de coronavírus entre os 170 mil entregadores que o iFood tem hoje no Brasil. A empresa afirma ainda que menos de 1% dos parceiros solicitou auxílio do fundo até o momento. O iFood diz também que já destinou outros R$ 12 milhões em ações para os entregadores, incluindo a compra e entrega de kits de proteção, com máscaras e álcool em gel, e uma parceria com um serviço de saúde, a Avus.

Estadão
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