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Empresas apostam em "superapps" para atrair clientes

Poder pagar contas, pedir comida e solicitar uma carona compartilhada chamam a atenção de pelo menos 45,8% dos brasileiros, diz pesquisa

18 set 2019 - 10h10
(atualizado às 10h46)
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Nos últimos cinco anos, o ecossistema de inovação brasileiro vivia uma ansiedade para descobrir qual startup seria a primeira a passar o valor de mercado de US$ 1 bilhão - alcançando, assim, o status de unicórnio. Depois de nove empresas nascentes do Brasil ultrapassarem o valor bilionário, a expectativa passou a ser outra: ver qual empresa conseguirá montar o aplicativo de celular mais atraente, com maior número de oferta de serviços e produtos agregados, tornando-se um “superapp”.

O conceito de poder pagar contas, pedir comida e solicitar uma carona compartilhada dentro da mesma aplicação de celular - que é a principal característica de um superapp - chama a atenção de pelo menos 45,8% dos brasileiros, segundo pesquisa divulgada pelo Google Brasil no mês passado. O estudo também avaliou quantos usuários de smartphone no País já conheciam a definição de“superapp” e verificou quais benefícios em potencial um aplicativo desse tipo pode oferecer para as pessoas.

Empresas tem apostado na criação de aplicativo de celular com maior número de oferta de serviços e produtos agregados, tornando-se um “superapp”
Empresas tem apostado na criação de aplicativo de celular com maior número de oferta de serviços e produtos agregados, tornando-se um “superapp”
Foto: Pixabay

Dentre as facilidades desse super aplicativo, a possibilidade de excluir aplicações e liberar espaço dentro do smartphone é um dos principais atrativos para o brasileiro. Na pesquisa do Google, esse benefício ficou em primeiro lugar, sendo citado por 30,1% dos participantes do estudo. Isso porque, de acordo com a diretora de vendas e marketing mobile do Google Brasil, Ligia Cano, só 10% dos aparelhos móveis no Brasil são considerados de última geração e possuem maior capacidade de armazenamento.

Com esse panorama em vista, as empresas têm focado o desenvolvimento e expansão de seus aplicativos para além de sua funcionalidade primária. Os softwares do Banco Inter, do Mercado Pago e da Rappi são alguns dos que estão iniciando um processo para agregar outros serviços. No aplicativo do banco mineiro, por exemplo, além de pagar contas e realizar transferências, é possível fazer compras online em e-commerces como Renner e Submarino. No Mercado Pago, é possível usar o dinheiro da carteira virtual e fazer recargas de celular e vale-transporte.

A estratégia inicial de crescimento dessas empresas, que se baseiam em seus aplicativos para conseguir novos clientes, pode ser a expansão de serviços ofertados. Segundo Ligia, porém, não é o número final de novas utilidades que determinará o sucesso do superapp. “É preciso sempre ficar de olho na penetração do aplicativo no mercado, assim como a frequência de uso pelas pessoas”, afirma. "Só assim para saber se elas estão no caminho certo."

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Fonte: Redação Terra
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