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Huawei vê receita crescer 39% apesar de pressão americana

Pela primeira vez na história, gigante chinesa anunciou resultados trimestrais

22 abr 2019 - 12h44
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A chinesa Huawei anunciou nesta segunda, 22, que sua receita aumentou 39% para 179,7 bilhões de yuans (US$ 26,8 bilhões) no primeiro trimestre fiscal.

A firma de Shenzhen, principal fabricante de equipamentos de telecomunicações no mundo, também anunciou que sua margem no trimestre foi de cerca de 8%, um pouco maior do que no mesmo período do ano passado. A Huawei não revelou o valor do lucro.

A empresa anunciou também que entregou ao varejo 59 milhões de smartphones no período entre janeiro e março deste ano. Segundo a consultoria Strategy Analytics, a empresa entregou 39,3 milhões de aparelhos no mesmo período do ano passado.

É a primeira vez que a companhia, que é privada, anuncia um relatório fiscal trimestral. Até então, ela revelava um relatório na metade do ano e outro no final, com um balanço dos 12 meses da companhia.

A mudança de postura faz parte da estratégia da empresa de mostrar que está crescendo apesar da pressão intensa do governo americano de barrar o uso de equipamentos 5G da empresa em países aliados - Japão e Nova Zelândia já confirmaram que descartaram o uso de equipamentos da companhia.

A Huawei aproveitou para anunciar que ao final de março já tinha assinado 40 contratos com operadoras de diferentes países e entregado mais de 70 mil estações base - a companhia quer chegar a 100 mil bases até o final de maio. A chinesa afirmou no documento que 2019 será um ano de implantação da tecnologia e que vê oportunidades de crescimento.

Em entrevista recente ao canal CNBC, Ren Zhengfei, fundador da empresa, afirmou que a empresa quer atingir nos próximos cinco anos receita de US$ 250 bilhões. Em 2018, esse valor foi de US$ 100 bilhões.

Estadão
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