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Google deixará de responder diretamente os pedidos de dados do governo de Hong Kong

14 ago 2020 - 11h20
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O Google, da Alphabet, disse nesta sexta-feira que não fornecerá mais dados em resposta a solicitações das autoridades de Hong Kong, após a promulgação de uma nova lei de segurança nacional imposta pela China.

Site do Google em chinês. 23/3/2010. REUTERS/Stringer
Site do Google em chinês. 23/3/2010. REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

A gigante da tecnologia dos EUA não compartilhou nenhum dado desde que a nova lei entrou em vigor em junho e não responderá diretamente a essas solicitações daqui em diante, acrescentou.

"Como sempre, autoridades fora dos Estados Unidos podem buscar dados necessários para investigações criminais por meio de procedimentos diplomáticos", disse o Google em comunicado.

O Google analisou todas as solicitações de dados e rejeitou as "muito amplas" para proteger a privacidade dos usuários, acrescentou.

O jornal Washington Post noticiou nesta sexta-feira que o Google pararia de responder diretamente os pedidos de dados das autoridades de Hong Kong, o que implica que a empresa agora trataria Hong Kong da mesma forma que trata a China continental.

O Google notificou a polícia de Hong Kong na quinta-feira que instruiria as autoridades a perseguir qualquer pedido de dados por meio de um Tratado de Assistência Jurídica Mútua com os Estados Unidos, que envolve o encaminhamento pelo Departamento de Justiça dos EUA, informou o Washington Post.

Em julho, Facebook, Google e Twitter suspenderam o processamento de pedidos de dados de usuários do governo de Hong Kong.

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