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Deezer tem novo diretor geral no Brasil

Marcos Swarowsky já trabalhou na Microsoft e na empresa de viagens Expedia; rival do Spotify, o app de música pretende conquistar novos usuários brasileiros

13 fev 2020 - 05h10
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O aplicativo de streaming de música Deezer tem um novo diretor geral para o Brasil. A empresa anunciou nesta quinta-feira, 13, que Marcos Swarowsky vai cuidar das operações da empresa francesa no Brasil e nos outros países da América do Sul. O executivo entra na companhia com o desafio de ajudar a Deezer a conquistar usuários no País, que atualmente é o maior mercado do app.

Até então, Swarowsky ocupava o cargo de diretor da empresa de viagens Expedia na América do Sul. Antes disso, ele trabalhou por quinze anos na Microsoft, onde foi diretor brasileiro da divisão de produtos online, como Hotmail e o falecido MSN.

A Deezer compete com um grande nome no mercado: o Spotify, que tem 271 milhões de usuários ativos mensais no mundo- a Deezer, por sua vez, tem 14 milhões. Swarowsky não teme a concorrência. "Adoro ser o player 2, isso me tira da zona de conforto e me obriga a pensar", afirmou o executivo ao Estado. "O mercado brasileiro é muito grande e a penetração do serviço de streaming de música ainda é baixa, não precisamos brigar para atingir usuários do Spotify".

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Quais são seus principais planos para a Deezer no Brasil?

A Deezer quer ser relevante para todos os brasileiros. Apesar de ser uma empresa global, temos uma atuação bastante local, porque é um serviço que exige um cuidado humano e pessoal - afinal, estamos falando de música, que é cultura. Queremos continuar oferecendo serviços personalizados para cada usuário, com algoritmos e playlists para cada gosto individual. Além disso, um objetivo importante é manter a cumplicidade que temos com a indústria fonográfica, estreitando o relacionamento com gravadoras.

Você nunca tinha trabalhado antes com música. Por que resolveu entrar agora nessa área?

Sempre trabalhei com publicidade online e produtos digitais, e encarei a Deezer como um desafio interessante para a minha carreira. Nunca tinha trabalhado em uma startup. Além disso, música é um mercado que todo mundo gosta.

Qual é a estratégia para fazer com que a Deezer cresça no Brasil?

Estamos apostando em dois modelos para atingir novos usuários. Primeiro, a divulgação direta para o consumidor final, em eventos como Lollapalooza. Outra estratégia é a parceria com empresas. Há alguns anos a Deezer tem parceria com a TIM para oferecer o aplicativo aos clientes da operadora, e também fizemos parceria com correntistas do Itaú, em que a plataforma entrou em planos de benefícios. As parcerias são uma forma de aumentar nossa base de usuários, oferecer a plataforma com fácil acesso, e também expandir o app pelo Brasil como um todo, sem ficar restrito ao eixo Rio-São Paulo, já que essas empresas têm atuação nacional. Também estamos estudando a flexibilização do nosso modelo de assinatura, com promoções e outras opções como pagamento semanal.

O mercado brasileiro de streaming de música tem vários nomes como Spotify, Tidal e YouTube Music. Como a Deezer pretende enfrentar essa competição?

Adoro ser o player 2. Na Microsoft era assim também: eu competia com empresas como Google e Facebook. Isso me tira da zona de conforto e me obriga a pensar. É uma visão errada ficar brigando para atingir os usuários do Spotify, por exemplo. O mercado brasileiro é muito grande e a penetração do serviço de streaming de música ainda é baixa.

Como a Deezer se diferencia dos competidores?

A nossa atuação local é um ponto forte. A Deezer hoje faz parte da agenda do artista. Temos conteúdos nacionais especiais, como podcasts - por ano, cerca de 100 artistas passam no nosso estúdio em São Paulo. Além disso, o nosso serviço que personaliza trilhas sonoras, chamado de Flow, certamente é um diferencial. Queremos ajudar a abrir essa categoria no Brasil.

Pensando em 2020, a ideia é seguir com o mesmo ritmo de investimento do ano passado?

Sim. No ano passado a Deezer aumentou sua presença no mercado brasileiro (não posso revelar números locais). A empresa investiu muito em marketing e a ideia é continuar com o mesmo ritmo em 2020.

Estadão
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