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Nações Unidas criticam uso de redes sociais na violência étnica em Myanmar

13 mar 2018 - 17h42
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As redes sociais têm enfrentado problemas sérios em garantir a sanidade dos espaços de convivência virtuais. Hoje (13), o governo do Sri Lanka bloqueou o acesso da população ao Facebook, WhatsApp, Viber e Instagram como forma de prevenir discursos de ódio da maioria budista contra a minoria islâmica, após duas pessoas morrerem e diversas outras ficarem feridas em um ataque de violência étnica no país. O bloqueio não atinge o Twitter e vigorará ao menos por três dias.

O acesso ao Facebook foi bloqueado pelo governo srilanquês. (Foto: Dinuka Liyanawatte / Reuters)
O acesso ao Facebook foi bloqueado pelo governo srilanquês. (Foto: Dinuka Liyanawatte / Reuters)
Foto: Canaltech

Em Myanmar, a etnia rakhine vem sendo hostilizada por grupos ultra-nacionalistas budistas e as redes sociais vêm sendo utilizadas para incitar a violência contra a minoria, assim como contra rohingyas e outras etnias perseguidas.

Marzuki Darusman, das Nações Unidas, falou ontem em entrevista à Reuters que as redes sociais desempenharam um papel determinante nos ataques étnicos em Myanmar: "O discurso de ódio é certamente parte do que contribuiu para o crescimento dos conflitos".

A investigadora das Nações Unidas em Myanmar, Yanghee Lee, explicou que o Facebook tem grande importância no cotidiano do país: "A rede social era usada para transmitir mensagens públicas pelo governo, mas nós sabemos que os ultranacionalistas budistas têm suas próprias contas e estão incitando violência e ódio contra os Rohingya e outras minorias étnicas", disse ela.

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