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Apple é acusada de plágio por empresa de câmeras digitais

8 nov 2017 - 11h43
(atualizado às 13h07)
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iPhone 7
iPhone 7
Foto: DepositPhotos/ifeelstock / Canaltech

Uma startup de tecnologia de Tel Aviv, em Israel, abriu um processo contra a Apple por uma suposta quebra de patentes em tecnologias de câmeras duplas usadas desde o iPhone 7. A Corephotonics alega que a Maçã copiou o design e o funcionamento dos sensores em seus smartphones após tomar conhecimento das inovações que estavam sendo desenvolvidas por ela.

Na ação, aberta em uma corte da Califórnia, nos Estados Unidos, os reclamantes alegam que o plágio aconteceu depois de contatos entre a Apple e a Corephotonics, que conversaram sobre uma possível parceria de licenciamento. Na ocasião, o fundador da companhia, David Mendlovic, disse ter recebido elogios sobre sua tecnologia, mas não fechou um acordo com a empresa.

Entretanto, o que veio depois teria causado surpresa. Após o fim das conversas, uma pessoa não identificada, que ele chama de "negociador" por parte da Apple, afirmou que o desenvolvimento realizado era tão bom que a Maçã poderia até mesmo copiá-lo, pois sabia que qualquer processo judicial relacionado a isso levaria anos para ser resolvido e envolveria milhares de dólares em custos, um valor que a Corephotonics simplesmente não poderia pagar.

O processo não dá mais detalhes sobre o caso nem indica quando a reunião aconteceu. A ideia, por outro lado, é que o encontro pode ter se dado entre o final de 2014 e o início de 2015, quando a Apple patenteou um sistema de câmeras duplas para o iPhone. Um ano depois, no começo de 2016, começaram a surgir os rumores sobre a tecnologia sendo aplicada na linha de produtos, o que se tornou realidade no final daquele ano.

Já a Corephotonics foi fundada em 2012 por Mendlovic e outros empreendedores israelenses para desenvolver novas tecnologias de câmeras para smartphones. A iniciativa atraiu a atenção de grandes players desse setor, que contribuíram para os mais de US$ 50 milhões levantados pela companhia até agora. Entre os investidores estão Samsung, Sandisk, a operadora chinesa CK Telecom e, ironicamente, a Foxconn, uma das principais parceiras da Apple no mercado asiático.

A Maçã não se pronunciou sobre o assunto, como sempre faz quando o tema são processos e acusações desse tipo. A companhia não confirmou nem negou ter negociado com a Corephotonics e não falou sobre uma possível quebra de parentes da companhia.

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