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Alemanha incentiva pesquisas em segurança cibernética, buscando independência dos EUA

29 ago 2018 - 19h55
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A Alemanha anunciou nesta quarta-feira uma nova agência para financiar pesquisas sobre segurança cibernética e para acabar com sua dependência de tecnologias digitais dos Estados Unidos, China e outros países.

O ministro do Interior, Horst Seehofer, disse a repórteres que a Alemanha precisa de novas ferramentas para se tornar um dos principais protagonistas em segurança cibernética e reforçar a segurança e a independência da Europa.

"É nossa meta para a Alemanha assumir um papel de liderança em segurança cibernética em nível internacional", disse Seehofer em coletiva com a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen. "Temos que reconhecer que estamos ficando para trás e, quando se está atrasado, precisamos de abordagens completamente novas."

A agência é um projeto conjunto dos Ministérios do Interior e da Defesa.

A Alemanha, como muitos outros países, enfrenta uma enxurrada diária de ataques cibernéticos em suas redes de computadores do governo e da indústria.

Mas a oposição criticou o projeto. "Esta agência não aumentaria nossa segurança em tecnologia da informação, mas também a colocaria em risco", disse o parlamentar dos partido Greens, Konstantin von Notz.

O trabalho da agência em capacidades ofensivas minaria os esforços diplomáticos da Alemanha para limitar o uso de armas cibernéticas internacionalmente, disse ele. "Como um Estado de Direito, só podemos perder uma corrida armamentista na política cibernética com países como China, Coreia do Norte ou Rússia", acrescentou, pedindo que "recursos escassos" sejam focados no endurecimento dos sistemas vulneráveis.

A Alemanha e outros países europeus também se preocupam com a dependência das tecnologias dos EUA. Isto segue revelações em 2012 pelo denunciante da NSA, Edward Snowden, de uma rede de espionagem massiva, bem como o Patriot Act, que deu ao governo dos EUA amplos poderes para obrigar empresas a fornecerem dados.

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