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Quem é Marina Lacerda, brasileira que afirma ter sofrido abusos de Jeffrey Epstein?

4 set 2025 - 16h30
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Aos 37 anos, Marina Lacerda decidiu tornar pública sua história em uma coletiva nos Estados Unidos. A brasileira afirmou que sofreu abusos do empresário Jeffrey Epstein quando era adolescente em Nova York. Segundo ela, tudo começou em 2002, aos 14 anos.

Marina Lacerda revela abusos de Jeffrey Epstein durante entrevista para TV americana
Marina Lacerda revela abusos de Jeffrey Epstein durante entrevista para TV americana
Foto: ABC News/Reprodução / Perfil Brasil

Na acusação formal de 2019, Marina foi identificada como "Vítima menor 1". Na época, forneceu informações que ajudaram a sustentar a prisão de Epstein, conforme divulgado pela imprensa americana.

Durante a coletiva, realizada nesta quarta-feira (3), Marina pediu que o Congresso dos EUA aprove uma lei que obrigue a divulgação integral dos documentos da investigação. "Revelar toda a verdade pode ajudar vítimas como eu a se curar", afirmou.

Como a brasileira conheceu Epstein?

Marina contou que dividia um quarto no bairro do Queens, em Nova York, com a mãe e a irmã. Recém-chegadas aos EUA, as três enfrentavam dificuldades financeiras. Ela chegou a trabalhar em três empregos antes de ser apresentada a Epstein, sob a promessa de uma oportunidade profissional.

"Uma amiga minha do bairro me disse que eu poderia ganhar US$ 300 para dar uma massagem em um cara mais velho", relatou. "Isso passou de um emprego dos sonhos para o pior pesadelo."

A jovem abandonou o ensino médio porque precisava estar frequentemente na casa de Epstein. Entre os 14 e os 17 anos, trabalhou para ele "em vez de receber educação", acreditando que teria mais chances de conquistar estabilidade.

"Eu pensava que, se eu apenas jogasse o jogo, não seria mais só essa imigrante do Brasil, e teria algo a esperar do futuro", disse.

De acordo com Marina, os abusos duraram três anos. Epstein teria perdido o interesse quando ela estava entre 16 e 17 anos, dizendo que era "velha demais".

Em 2008, agentes do FBI chegaram a procurá-la, mas seu depoimento não foi incluído no processo por causa de um acordo judicial firmado por Epstein. Apenas em 2019, com a reabertura da investigação, Marina voltou a prestar declarações.

"Há partes da minha própria história que não consigo lembrar, por mais que eu tente", afirmou. "Há pessoas por aí que sabem mais sobre meu abuso do que eu. O governo tem documentos que poderiam me ajudar a lembrar e a me curar."

A coletiva em que Marina participou foi organizada pelos deputados Thomas Massie (republicano) e Ro Khanna (democrata). Os dois tentam aprovar no Congresso uma proposta que obrigue a divulgação dos arquivos sigilosos, inclusive os sob custódia do FBI e de procuradores federais.

Perfil Brasil
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