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Poatan encanta como popstar do UFC, e 'vilão' na ficção, sem mudar estilo de vida

Brasileiro defende cinturão dos meio-pesados neste sábado, contra Ankalaev; no último ano, conquistou o mundo, mesmo sem falar inglês

7 mar 2025 - 09h42
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Quando chegou ao UFC, em 2021, Alexandre Poatan chegou como uma das estrelas em potencial da organização. Multivencedor no kickboxing e apadrinhado por Glover Teixeira, ex-detentor do cinturão dos pesados, estava com tudo a seu alcance para se tornar um dos maiores brasileiros na história do MMA. Quatro anos se passaram e o lutador mantém a mesma postura tranquila da primeira vez em que entrou no octógono. Mas dessa vez para sua quarta defesa de cinturão nos meio-pesados.

Poatan encara Magomed Ankalaev neste sábado, 8, na T-Mobile Arena, em Paradise, Nevada, pelo UFC 313. É o adversário mais difícil para o brasileiro desde que "abandonou" a divisão dos médios, a rivalidade de Israel Adesanya, e subiu para os meio-pesados. "Nem sei se essa luta vende tanto assim por causa dele. Não vou ficar dando mídia, entrando em provocações e dando mídia para ele", afirma Poatan, ao Estadão.

Quando Poatan trata sobre não "ficar dando mídia" para Ankalaev, é uma resposta à rivalidade que o russo tentou criar ao longo do último ano. Com uma série de 13 vitórias consecutivas nos últimos oito anos, afirmou, em diversas oportunidades, que é o "pior adversário" para Alex na divisão. E menosprezou a preparação do brasileiro para a luta.

Poatan se colocou como o principal nome brasileiro do UFC em 2025.
Poatan se colocou como o principal nome brasileiro do UFC em 2025.
Foto: Divulgação/UFC / Estadão

"O pessoal pode achar que eu estou meio desfocado, mas já estava tudo planejado. Fui para Austrália, levei sete, oito pessoas comigo, dá para ver por aí o quão focado eu estou para a luta", diz Poatan. "Eu não vou atrás e não vou ficar entrando nessa provocação."

Em seu período nos médios, Poatan experienciou, com o nigeriano, uma rivalidade com o nível de provocação que Ankalaev quer colocar neste combate. Ao longo de suas respectivas carreiras, Poatan e Adesanya se enfrentaram quatro vezes, duas destas pelo UFC - uma vitória para cada. No segundo embate, no qual o brasileiro defendia o cinturão dos médios, Adesanya se vingou, provocou Alex e sua família - imitando um tiro com flecha, que o lutador utiliza em suas lutas.

Quando foi para os meio-pesados, Poatan abandonou essa postura. Assim como falou sobre Ankalaev, para "não dar essa mídia" ao adversário. E, de fato, não cedeu esse espaço para ninguém no último ano: foram três defesas de cinturão em 175 dias. Recorde histórico, que pertencia a Honda Rousey, e que fizeram com que ele fosse eleito lutador do ano no UFC.

Popstar no UFC

Mesmo sem falar em inglês, Poatan se comunica universalmente com o universo do UFC: chama. É dessa forma que conquistou o público no Brasil e, principalmente, nos Estados Unidos. O "Chama", semelhante ao título que Luva de Pedreiro recebe fora do País - "Receba" - é mais conhecido do que seu próprio nome. E é dessa forma que Alex cresce, tanto dentro do octógono como nas redes sociais.

"Eu não mudei. Mas o que mudou é a forma as pessoas me enxergam. Hoje eu movimento mais minha rede social, mas antes também. Se não tem interesse, as pessoas não estão te vendo. Eu faço as mesmas coisas, mas o interesse das pessoas é diferente", conta o lutador.

Com esse jeito, Poatan conquistou status de popstar na companhia de Dana White. Além da rivalidade com Adesanya, é frequentemente utilizado nas campanhas do UFC, ações nas redes sociais e soma mais de 6,6 milhões de seguidores. Com poucas palavras além de "Chama", mas que o levam a lugares em que nunca sonhou. "Mesmo no peso médio mesmo, sabia que podia ser campeão. Eu acreditava nisso. Mas chegar onde cheguei, dificilmente pensava."

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Fora do octógono, Poatan viaja o mundo. Além do UFC, atuará em um filme da produtora A24, com as gravações em um futuro próximo. "Ainda não tinha o visto de trabalho, que é diferente daquele de lutador. Atrasou um pouco, mas vai acontecer", brinca. Seu papel - que nem Poatan tem muitos detalhes - será semelhante àquele do Exterminador do Futuro -, como um vilã. "Não sei falar inglês, mas eles viram a melhor forma de eu estar no filme. Mas eu mesmo nem sei muito."

Além disso, deixou de lado uma rivalidade com Adesanya - que dizia, antes, não querer ser amigo de Poatan - e até entrou para o mundo do k-pop, com um vídeo ao lado do grupo TripleS, no último ano. "Nem precisei fazer nada, só dançar. Aquela dancinha que tá em alta. Foi bem legal, elas fazem sucesso lá na Coreia (do Sul)", afirma.

Estadão
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