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PF prende 11 que pretendiam resgatar Marcola e outros líderes do PCC de presídios

Batizada Operação Anjos da Guarda, a ofensiva cumpre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão no DF, no MS e em SP

10 ago 2022 - 09h18
(atualizado às 11h07)
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Marcola é o chefe máximo do PCC
Marcola é o chefe máximo do PCC
Foto: Paulo Liebert/Estadão

A Polícia Federal e o Departamento Penitenciário Nacional abriram na manhã desta quarta-feira, 10, uma operação para frustrar plano de resgate de líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) custodiados nas Penitenciárias Federais de Brasília, no Distrito Federal, e Porto Velho, em Rondônia. 

Entre os detentos que o grupo pretendia soltar está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC que tem mais de 300 anos de pena para cumprir e foi transferido para presídio no norte do País em março.

Outros líderes que os alvos da operação pretendiam resgatar são Edmar dos Santos, conhecido como Quirino, Cláudio Barbará da Silva, o ‘Barbará, Reinaldo Teixeira dos Santos, Valdeci Alves dos Santos, o ‘Colorido’, e Esdras Augusto do Nascimento Júnior.

Batizada Operação Anjos da Guarda, a ofensiva cumpriu mandados de prisão preventiva contra 11 investigados, além de executar 13 ordens de busca e apreensão no Distrito Federal (Brasília), em Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e em São Paulo (São Paulo, Santos e Presidente Prudente).

De acordo com a PF, o plano dos integrantes do PCC ‘contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate’.

“Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato”, diz a corporação.

Além disso, os investigadores apontam que os alvos da ofensiva pretendiam ‘sequestrar autoridades para conseguir a soltura de criminosos’.

O nome da operação, ‘Anjos da Guarda’, faz referência aos servidores da Segurança Pública, ‘que se esforçam e se arriscam dia e noite para proteger a sociedade de criminosos’, indica a Polícia Federal.

Antes de ser transferido para Rondônia, Marcola estava preso em Brasília desde março de 2019. A transferência do criminoso para a capital federal provocou atritos entre o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do DF e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e Sérgio Moro, à época ministro da Justiça e hoje pré-candidato à ao Senado pelo Paraná.

Em dezembro de 2019, o Exército cercou a Penitenciária Federal de Brasília após setores da inteligência do governo receberem informações de um plano para resgatar Marcola. A tentativa teria sida planejado por Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho ou Magrelo, apontado como uma das principais lideranças do PCC.

Fuminho foi preso meses depois, em abril de 2020. No mesmo ano, o Ministério Público de São Paulo deflagrou uma série de operações contra líderes da facção e integrantes de sua ‘célula jurídica’.

Fonte: Redação Terra
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