Papa Francisco teme não sobreviver ao quadro grave de saúde, diz jornal
Papa Francisco, de 88 anos, segue internado em Roma; vaticano informa que ele está estável, mas fiéis se preocupam com sua recuperação
O Papa Francisco, de 88 anos, segue internado desde a última sexta-feira (14), sob observação médica. Seu quadro de saúde tem gerado apreensão entre fiéis e membros da Igreja, especialmente após relatos de que ele estaria preocupado com sua recuperação.
De acordo com o jornal The Sun, o pontífice teria pedido que seu legado fosse preparado, sinalizando sua preocupação com o futuro da Igreja. Francisco já teve problemas respiratórios no passado e, ainda jovem, precisou remover parte de um pulmão.
Nesta quarta-feira (19), o Vaticano informou que ele passou uma noite tranquila, sem febre, mas continua sob tratamento intensivo e sente dores. O Papa está internado no Hospital Gemelli, em Roma, e seus compromissos seguem cancelados. "As condições clínicas do Santo Padre estão estáveis", destacaram em nota.
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Em entrevista à Contigo!, Dra. Fernanda Almeida Andrade revela mais detalhes do tratamento que o sacerdote deve enfrentar.
A especialista aponta que o histórico respiratório do Papa Francisco, que teve uma parte de um de seus pulmões removido em decorrência de uma pneumonia severa, pode comprometer sua capacidade pulmonar. Ou seja, essa condição torna o sacerdote ainda mais vulnerável a infecções respiratórias. "O Papa Francisco foi internado devido a uma infecção polimicrobiana no trato respiratório, que complicou seu quadro clínico e exigiu ajustes no tratamento (...) Ele já é considerado um pneumopata, pois retirou parte de seu pulmão ainda jovem, aos 20 anos", alerta.
Diagnosticado com infecção polimicrobiana, uma doença causada quando múltiplos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, agem simultaneamente no organismo, Papa Francisco deve ficar sob cuidados médicos, principalmente pela sua idade: "Para um paciente idoso, com provável fragilidade imunológica, a evolução da doença deve ser monitorada de perto e é na hospitalização que há suporte adequado, incluindo antibioticoterapia direcionada, suporte ventilatório se necessário e vigilância rigorosa para sinais de deterioração clínica".