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Vô de sobrevivente de teleférico é investigado por sequestro

O menino Eitan, 6 anos, foi levado de volta para Israel sem autorização

13 set 2021 - 13h59
(atualizado às 14h06)
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Acidente com cabine de teleférico matou 14 pessoas em Stresa
Acidente com cabine de teleférico matou 14 pessoas em Stresa
Foto: ANSA / Ansa

O avô materno do menino Eitan, único sobrevivente da queda de um teleférico na Itália em maio passado, se tornou alvo de um inquérito por suspeita de sequestro agravado.

Shmuel Peleg levou Eitan, de seis anos de idade, para Israel no último fim de semana, apesar de a Justiça italiana ter dado a guarda provisória do menino para uma tia paterna, Aya Biran-Nirko, que vive em Pavia, norte da Itália.

A família materna do garoto tinha permissão para vê-lo duas vezes por semana e se aproveitou de uma dessas ocasiões para levá-lo para Israel. A suspeita de sequestro tem o agravante de a suposta vítima ser menor de idade.

O Ministério Público italiano também apura eventuais cumplicidades na fuga, que teria sido feita por meio de um voo privado a partir de Lugano, cidade suíça que fica a menos de uma hora de Milão.

Eitan é o único sobrevivente da queda do teleférico de Stresa-Mottarone em maio passado, tragédia que deixou 14 mortos, incluindo seus pais (Amit Biran e Tal Peleg), seu irmão mais novo (Tom) e seus bisavós maternos (Itshak Cohen e Barbara Konisky).

O menino também esteve perto da morte e ficou quase 20 dias internado em um hospital de Turim, mas recebeu alta no início de junho e, desde então, as famílias materna e paterna brigam por sua guarda.

Segundo os advogados de Shmuel Peleg, ele levou Eitan para Israel após "meses tentando, em vão, colocar a voz da família materna no procedimento de escolha do tutor" e por preocupações com o estado de saúde mental da criança.

Já o marido de Aya Biran-Nirko, Or Nirko, disse a uma rádio israelense que só vai "abandonar a batalha legal quando os sequestradores estiverem na cadeia". "A única coisa que nos interessa é o bem do

O caso arrisca se tornar um incidente diplomático, a ponto de o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, ter dito nesta segunda-feira, 13, que já está estudando o caso para "depois intervir". Os pais de Eitan moravam na Itália, mas foram sepultados em Israel.

Ansa - Brasil   
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