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Mundo

UE chega a acordo para adiar Brexit até 22 de maio

A ampliação do prazo esta condicionada à aprovação de tratado

21 mar 2019 - 20h00
(atualizado às 20h50)
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Os líderes da União Europeia entraram em acordo nesta quinta-feira (21) para adiar o Brexit de 29 de março para 22 de maio, desde que o Parlamento do Reino Unido aprove o mesmo acordo que já foi rejeitado em duas ocasiões.

Protesto contra o Brexit na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas
Protesto contra o Brexit na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Em caso de nova derrota, Londres deverá indicar até 12 de abril como pretende se comportar em relação às eleições europeias, marcadas para 23 a 26 de maio e que renovarão o Parlamento da UE, já sem levar em conta a representação britânica.

O tema dominou a pauta do primeiro dia da cúpula do Conselho Europeu, órgão que reúne os líderes dos 28 Estados-membros do bloco, em Bruxelas, a pouco mais de uma semana do fim do prazo estabelecido para o Brexit.

A primeira-ministra Theresa May havia pedido o adiamento até 30 de junho, data considerada inviável pela UE devido às eleições europeias. Chegou-se a discutir a possibilidade de adiar o divórcio até 7 de maio sem contrapartidas, o que daria mais fôlego ao Reino Unido, mas a ideia não avançou.

O desfecho das tratativas, contudo, não soluciona um dos principais impasses do Brexit: o adiamento está condicionado à aprovação do acordo pelo Parlamento britânico, mas o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, proibiu o governo de levar o texto novamente a plenário sem modificações "substanciais".

A UE, no entanto, diz que não aceita alterações no tratado, inclusive no "backstop", mecanismo que prevê a manutenção de fronteiras abertas entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda no caso de fracasso em futuras negociações comerciais.

Esse é o ponto mais questionado do acordo, já que abre a possibilidade de se criar uma espécie de fronteira entre a Irlanda do Norte e o restante do Reino Unido. "Os 27 da UE concordam de forma unânime na resposta aos pedidos do Reino Unido", escreveu no Twitter o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Segundo ele, continuam os preparativos para um eventual rompimento sem acordo, o que pode abrir uma crise econômica e de abastecimento no Reino Unido.

Ansa - Brasil   
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