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Trump diz que Irã pedirá novo acordo devido a prejuízos econômicos de novas sanções

12 jul 2018 - 14h38
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que os problemas econômicos do Irã forçarão o país a buscar um novo acordo de segurança com Washington após o rompimento de um pacto sobre o programa nuclear iraniano por parte dos EUA.

Presidente dos EUA, Donald Trump, na cúpual da Otan em Bruxelas
REUTERS
Presidente dos EUA, Donald Trump, na cúpual da Otan em Bruxelas REUTERS
Foto: Reuters

Os EUA se desligaram em maio de um acordo multinacional que suspendeu sanções contra o Irã em troca de limites ao programa nuclear de Teerã. Desde então, Washington instruiu outros países a interromperem todas as importações de petróleo iraniano até 4 de novembro para não enfrentarem retaliações financeiras dos EUA.

A pressão dos EUA pode privar Teerã de rendimentos em moeda estrangeira vindos da exportação do petróleo, e a perspectiva desencadeou uma corrida para converter riais iranianos aplicados em poupança por dólares, afetando a moeda nacional já fragilizada pelas adversidades econômicas e as dificuldades financeiras dos bancos locais.

Falando em uma coletiva de imprensa em uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas, Trump disse que o Irã está tratando os EUA "com muito mais respeito" depois da medida e que acredita que Teerã fará contato em busca de um novo acordo.

"Sei que eles estão tendo muitos problemas e que sua economia está desmoronando. Mas vou dizer a vocês: a certa altura eles me ligarão e dirão 'vamos fazer um acordo'. Eles estão sofrendo muito neste momento".

No final de junho o Grande Bazar de Teerã foi alvo de greves e manifestantes revoltados com o colapso do rial entraram em choque com a polícia, enquanto comerciantes se reuniram diante do Parlamento para se queixarem da queda brusca no valor da moeda.

As potências europeias ainda apoiam o acordo de 2015 e dizem que farão mais para incentivar suas empresas a continuarem trabalhando com o Irã, mas várias delas já avisaram que pretendem se retirar do país, já que também enfrentam sanções após a decisão de Trump.

Nesta quinta-feira o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu aos aliados dos EUA para que ajudem a fazer pressão econômica no Irã.

"Precisamos cortar todo o financiamento que o regime usa para financiar o terrorismo e guerras por procuração", disse Pompeo em um tuíte antes de uma reunião agendada com a representante de política externa e segurança da União Europeia, Federica Mogherini, em Bruxelas.

Ele também acusou Teerã de continuar a vender armas no Oriente Médio, apesar de resoluções contrárias da Organização das Nações Unidas (ONU).

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