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Trump diz que EUA tiraram a 'bomba' das mãos do Irã

"Tivemos um sucesso militar espetacular ontem", comentou o presidente americano

22 jun 2025 - 15h36
(atualizado às 16h21)
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Resumo
Trump afirmou que os EUA realizaram ataques às instalações nucleares do Irã, alegando evitar que o país obtivesse armas nucleares, enquanto o Irã prometeu retaliações e fechou o estratégico Estreito de Ormuz; ONU e Brasil expressaram preocupações com a escalada do conflito.
Veja discurso de Donald Trump após atacar instalações nucleares do Irã.:

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou que a ação militar que bombardeou três instalações nucleares do Irã neste sábado, 21, tirou a "bomba" das mãos dos iranianos. A afirmação foi publicada na rede social Truth, na tarde deste domingo, 22.

"Tivemos um sucesso militar espetacular ontem, tirando a 'bomba' das mãos deles (e eles a usariam se pudessem!)", escreveu.

O pronunciamento de Trump é em resposta ao deputado republicano Thomas Massie, do Kentucky -- que afirmou em suas redes sociais que o ataque norte-americano ao Irã não foi constitucional. 

"O congressista Thomas Massie, do Kentucky, não é MAGA, embora goste de dizer que é", começou o presidente. MAGA, no caso, se refere ao movimento Make America Great Again (Torne a América grande novamente, em tradução livre), que é slogan de Trump e é associado à extrema-direita.

Trump disse que a MAGA não se resume "a políticos preguiçosos, pretensiosos e improdutivo" e afirmou que "Thomas Massie é definitivamente um deles".,

Para o presidente, Massie seria "contra o que foi tão brilhantemente alcançado ontem à noite no Irã".

O deputado não se manifestou sobre essas falas do presidente. Mas, nas redes sociais, tem compartilhado uma série de posicionamentos na linha de que o governo Trump atacou o Irã sem qualquer autorização do Congresso.

Ataque dos EUA

Às 20h50 [horário de Brasília] de sábado, 21, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, informou que os EUA atacaram três instalações nucleares iranianas -- Fordow, Natanz e Esfahan. Os ataques foram confirmados posteriormente pelo governo do Irã.

Depois, às 23 horas [horário de Brasília], Trump fez um pronunciamento oficial da Casa Branca afirmando que os ataques ao Irã podem se tornar ainda mais intensos caso o país decida retaliar e pressionou por paz no Oriente Médio.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou. No caso, ele agradeceu a Trump pelo ataque feito com "o incrível e justo poder dos Estados Unidos". Para Netanyahu, essa "decisão ousada" irá "mudar a história".

Do outro lado, ao confirmar o ataque, a agência de notícias estatal iraniana, IRNA, citou que "não havia materiais nesses três locais nucleares que causassem radiação", conforme disse um oficial do Irã. O comentário sugere que as autoridades iranianas podem ter removido o urânio enriquecido das instalações antes dos bombardeios.

A Guarda Revolucionária Iraniana também se manifestou na noite de ontem: "Agora a guerra começou para nós. E mate-os onde quer que você os encontre...". A fala foi de encontrou à feita por um comentarista televisão estatal iraniana, também nessa noite: "Todo cidadão americano ou militar na região é agora um alvo legítimo". Além disso, o comentarista também deixou um aviso a Donald Trump, presidente norte-americano: "Você começou. Nós vamos terminar".

As retaliações já tiveram início. Neste domingo, 22, em resposta aos ataques, o Parlamento iraniano aprovou o fechamento Estreito de Ormuz, um centro estratégico entre os Golfos Pérsico e de Omã para a passagem de quase um terço do petróleo mundial.

Além disso, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião de emergência sobre o Irã.

O Brasil se posicionou sobre o ataque, condenando com "veemência" a situação. Em nota divulgada pelo Itamaraty, o governo "expressa grave preocupação" com a escalada militar no Oriente Médio e diz que ataque americano viola tanto a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) quanto a soberania do Irã .

Papa Leão XIV pede por paz no Oriente Médio:

Campanha prolongada

Na sexta-feira, 20, o chefe das forças armadas de Israel, Eyal Zamir, havia alertado que o país se prepara para uma "campanha prolongada" contra o Irã, em ofensiva que se prolonga pela segunda semana. 

"Embarcamos na campanha mais complexa de nossa história para eliminar uma ameaça de tal magnitude, contra um inimigo como esse. Devemos estar prontos para uma campanha prolongada", disse Zamir em uma declaração em vídeo.

Ainda na sexta, do outro lado, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que estava disposto a "considerar" um retorno à diplomacia apenas se Israel interrompesse os seus ataques. A declaração foi dada após reunião com líderes europeus. 

Trump tinha questionado a eficácia das ações dos europeus. "É improvável que os europeus consigam ajudar a acabar com a guerra entre Irã e Israel", afirmou o republicano à imprensa. Além disso, ele pontuou ser "difícil" pedir aos israelenses que interrompam os ataques.

Segundo Trump, mesmo que sem apresentar provas concretas, o Irã estava a "semanas ou meses de conseguir uma bomba atômica”. Na ocasião, o político garantiu que o envio de tropas terrestres ao Oriente Médio era a sua última opção.

*Com informações do Estadão Conteúdo, Deutsche Welle e Ansa

Fonte: Redação Terra
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