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Trabalhista britânico diz que Parlamento impedirá Brexit sem acordo

21 nov 2018 - 11h21
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O governo da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, está mergulhado no caos por causa do Brexit, mas não há maioria no Parlamento para prejudicar a economia tirando o país da União Europeia sem um acordo, disse o encarregado pela área de finanças do Partido Trabalhista, de oposição, nesta quarta-feira.

John McDonnell durante discurso na Reuters, em Londres 21/11/2018 REUTERS/Toby Melville
John McDonnell durante discurso na Reuters, em Londres 21/11/2018 REUTERS/Toby Melville
Foto: Reuters

"Não podemos continuar assim", disse John McDonnell, de 67 anos, em um discurso feito na Reuters em Londres. "Não podemos continuar com esta instabilidade, esta incerteza sobre a existência de um governo, dia após dia e às vezes hora após hora".

Desde que chegou a um acordo com a UE para o Brexit na terça-feira, May está enfrentando a crise mais perigosa desde que assumiu, já que vários ministros renunciaram -- inclusive o encarregado pelo processo de separação.

A premiê jurou continuar lutando e alertou que depô-la cria o risco de adiar a desfiliação da UE ou sair do bloco sem um acordo, o que lançaria a quinta maior economia do mundo no desconhecido.

McDonnell, que assim como o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, espera alcançar o poder para levar o socialismo ao Reino Unido, disse não haver maioria no Parlamento nem para o acordo de May nem para deixar a UE sem um pacto.

"Acho que uma grande maioria se opõe a qualquer coisa que tenha cheiro de uma falta de acordo", disse ele, acrescentando que o futuro é profundamente incerto e que as opções incluem uma eleição nacional ou um impasse na legislatura.

"Aí poderíamos estar em uma situação de uma guerra de desgaste dentro do Parlamento, com emendas a legislações e a continuação da incerteza".

Indagado sobre quantos parlamentares trabalhistas podem se rebelar e votar a favor do acordo do Brexit de May, ele indicou que nenhum o fará.

"Acho que firmaremos nossa posição agora. Realmente acho, e já encerramos as votações nesta semana".

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