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Terrorista de Paris reclama de ser tratado como cachorro

Julgamento de Salah Abdeslam e outros 19 réus iniciou hoje; eles são acusados de participar dos atentatos de 13 de novembro de 2015

8 set 2021 - 15h08
(atualizado às 15h19)
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O único sobrevivente da célula terrorista que massacrou 130 pessoas em Paris em 13 de novembro de 2015 reclamou que ele e os outros réus no processo estão sendo "tratados como cachorros". O franco-marroquino Salah Abdeslam é o principal dos 20 acusados no julgamento sobre a pior série de atentados na França desde a Segunda Guerra Mundial, iniciado nesta quarta-feira (8).  

Policiais em frente ao Palácio de Justiça de Paris, onde acontece julgamento pelos atentados de 13 de novembro de 2015
Policiais em frente ao Palácio de Justiça de Paris, onde acontece julgamento pelos atentados de 13 de novembro de 2015
Foto: EPA / Ansa

O processo é descrito pela imprensa local como o maior na história moderna do país e deve durar pelo menos nove meses, envolvendo cerca de 330 advogados e 1,8 mil sobreviventes e parentes das vítimas. Em determinado momento, após um mal-estar sofrido por um dos acusados, Abdeslam apontou para o presidente do julgamento no Palácio de Justiça de Paris, Jean-Louis Périès, e afirmou que, mesmo a sala de audiências sendo "muito boa", os réus estavam sendo "tratados como cachorros".

Fiel ao Estado Islâmico, o franco-marroquino de 31 anos participou dos massacres de 13 de novembro de 2015 e usava um cinto com explosivos nos atentados, mas não detonou o próprio corpo, ao contrário de seus comparsas na ação. "Pelos últimos seis anos, fui tratado como um cachorro e nunca reclamei", declarou o terrorista, preso desde 2016 em uma penitenciária de segurança máxima. Dos outros 19 réus no processo, 10 estão em prisão preventiva, enquanto três responderão em liberdade, todos eles acusados de dar suporte financeiro e logístico nos atentados de 2016.

Seis pessoas ainda serão julgadas em contumácia, incluindo o jihadista Oussama Atar e os irmãos Fabien e Jean-Michel Clain, supostas "vozes" francesas da reivindicação dos ataques pelo Estado Islâmico. Os três são dados como mortos na Síria ou no Iraque. 

Ansa - Brasil   
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