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SpaceX recupera foguete da Starship em feito de engenharia

14 out 2024 - 14h35
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A SpaceX conseguiu no domingo manobrar um enorme impulsionador de primeiro estágio de foguete de volta à sua plataforma de lançamento pela primeira vez, em um feito de engenharia que utilizou braços mecânicos gigantes e marcou um novo avanço nos esforços da companhia de Elon Musk em construir um veículo espacial reutilizável capaz de viajar à Lua e para Marte.

O propulsor "Super Heavy" do primeiro estágio do foguete da companhia decolou na manhã de domingo das instalações de lançamento da SpaceX em Boca Chica, no Estado norte-americano do Texas, enviando a nave Starship em direção ao espaço antes de se separar a uma altitude de aproximadamente 70 quilômetros para retornar à terra -- a parte mais ousada do voo de teste.

O propulsor Super Heavy reacendeu três de seus 33 motores Raptor para desacelerar a descida de volta ao local de lançamento da SpaceX, enquanto mirava a plataforma de lançamento e a torre de onde havia decolado. A torre, mais alta que a Estátua da Liberdade, com mais de 120 metros, é equipada com dois grandes braços de metal no topo.

Com o rugido de seus motores, o propulsor Super Heavy de 71 metros de altura retornou aos braços da torre de lançamento, enganchando-se no lugar por meio de pequenas barras salientes sob as quatro aletas da grade dianteira que ele usava para se orientar no ar.

"A torre pegou o foguete!!!" Escreveu Musk no X após a tentativa de recuperação do veículo. Os engenheiros da SpaceX que estavam assistindo à transmissão ao vivo da empresa aplaudiram.

O novo método de aterrissagem marcou o mais recente avanço na campanha da SpaceX para desenvolver um foguete totalmente reutilizável capaz de colocar carga em órbita e transportar seres humanos para a Lua e, por fim, chegar a Marte - o destino final imaginado por Musk.

Enquanto isso, a Starship, o segundo estágio ou a metade superior do sistema de foguetes, navegou a cerca de 27,4 mil quilômetros por hora, a 140 quilômetros de altitude no espaço, em direção ao Oceano Índico, próximo ao oeste da Austrália, em um voo de 90 minutos.

Quando a Starship reentrou na atmosfera da Terra horizontalmente, as câmeras a bordo mostraram uma tonalidade suave, rosa-púrpura, de plasma superquente cobrindo o lado da nave voltado para a Terra e suas duas aletas de direção, atrito hipersônico intenso exibido em uma aura brilhante.

O lado quente da nave é revestido com 18.000 ladrilhos de proteção térmica que foram aprimorados desde o último teste da SpaceX em junho, quando a Starship concluiu seu primeiro voo de teste completo para o Oceano Índico, mas sofreu danos nos ladrilhos que dificultaram sua reentrada.

Dessa vez, a Starship pareceu mais intacta ao reacender um de seus seis motores Raptor para se posicionar na vertical para o pouso no oceano.

A transmissão ao vivo da SpaceX mostrou o foguete aterrissando nas águas noturnas ao largo da costa da Austrália e, em seguida, tombando de lado, concluindo sua missão de teste.

Uma câmera separada, vista de uma embarcação próxima ao local do pouso, mostrou a nave explodindo em uma grande bola de fogo, enquanto os engenheiros da SpaceX podiam ser ouvidos na transmissão ao vivo gritando em comemoração. Não ficou claro se a explosão foi uma detonação controlada ou o resultado de um vazamento de combustível.

Musk disse que a nave aterrissou "precisamente no alvo!"

A Starship, revelada pela primeira vez por Musk em 2017, explodiu várias vezes em vários estágios de testes em voos anteriores, mas completou com sucesso um voo completo em junho pela primeira vez.

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