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Revelação de compra de vagas em universidades dos EUA causa renúncias e prisões

13 mar 2019 - 17h14
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Lori Loughlin, atriz da série "Full House", e o ex-chefe da gestora de investimentos Pimco devem ser alvo de acusações criminais nesta quarta-feira devido a um esquema de 25 milhões de dólares para ajudar filhos de norte-americanos ricos a entrarem em universidades de elite dos Estados Unidos.

Os dois estão entre as 50 pessoas acusadas de participarem do maior esquema de fraudes do tipo na história dos EUA, cujo mentor disse em documentos legais que encaminhou cerca de 800 alunos para universidades como Yale, Georgetown e Stanford fraudando o processo seletivo.

Lori foi posta sob custódia de agentes do FBI em Los Angeles na manhã desta quarta-feira, disse Laura Eimiller, porta-voz da Polícia Federal dos EUA. Douglas Hodge, ex-presidente da Pimco, deve ser denunciado em um tribunal federal de Boston, disseram autoridades.

Manuel Henriquez, outro pai implicado no esquema, renunciou do posto de diretor administrativo da consultoria financeira Hercules Capital, informou a empresa nesta quarta-feira.

Na terça-feira, o mentor do esquema, William "Rick" Singer, se declarou culpado de acusações de extorsão. Procuradores federais de Boston disseram que sua empresa, a Rede de Universidades e Carreiras Edge, amealhou 25 milhões de dólares por meio da fraude.

Singer acabou cooperando com investigadores no ano passado, ajudando-os a gravar conversas incriminadoras que teve com Lori, Henriquez e outros pais.

O esquema elaborado envolveu subornar os administradores de vestibulares para permitir que respostas erradas de um candidato fossem corrigidas e subornar treinadores esportivos para que atestassem que um candidato era um atleta talentoso ainda que este fosse tudo menos isso.

Em alguns casos, Singer ajudou a manipular fotos para fazer um candidato parecer atlético. Os pais fizeram pagamentos a uma instituição de caridade falsa a cargo de Singer, disseram procuradores, o que também lhes permitiu conseguir deduções de impostos fraudulentas. A instituição falsa, Fundação Mundial Key, fingia ajudar a proporcionar educação a "estudantes carentes".

Lori é acusada de pagar 500 mil dólares para Singer encaminhar suas filhas à Universidade do Sul da Califórnia subornando treinadores de remo da escola para que fingissem que as meninas eram remadoras talentosas.

Representantes dos pais acusados não quiseram comentar ou não responderam perguntas, e vários dos treinadores acusados foram demitidos, tiraram licenças ou renunciaram.

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