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Resposta dos EUA aos coronavírus ganha nova polêmica com suspensão de imigração

21 abr 2020 - 13h15
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A resposta do presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao coronavírus ganhou contornos políticos mais agudos nesta terça-feira depois que ele usou a crise para suspender a imigração.

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa, na Casa Branca. 20/4/2020. REUTERS/Jonathan Ernst.
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa, na Casa Branca. 20/4/2020. REUTERS/Jonathan Ernst.
Foto: Reuters

    Trump também está aproveitando o momento para lançar um esforço abrangente para revogar ou suspender regulações federais de negócios, informou o Washington Post na terça-feira, citando duas pessoas familiarizadas com o planejamento.

Os desenvolvimentos ocorrem enquanto Trump planejava se reunir nesta terça-feira com o governador de Nova York, Andrew Cuomo, com quem em conflito sobre a resposta à crise.

    Nova York está no epicentro da crise, respondendo por quase metade das mortes em todo o país e tomou uma postura cautelosa em reabrir empresas e escolas. Na segunda-feira, a cidade de Nova York disse que shows e outros grandes eventos seriam cancelado até junho, um contraste com alguns Estados do sul como Geórgia e Carolina do Sul, que estão tomando medidas nesta semana para relaxar seus bloqueios.

    O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, alertou Trump que ele pode "dar um beijo de despedida na reeleição" se não lidar com a escassez de suprimentos de testes e não fornecer mais ajuda federal a cidades e Estados com finanças prejudicadas.

    Trump anunciou sua medida para imigração no Twitter, sugerindo que impediria mais contágio de forasteiros, poupando empregos americanos.

    "À luz do ataque do Inimigo Invisível, bem como da necessidade de proteger os empregos de nossos GRANDES Cidadãos Americanos, eu assinarei uma ordem executiva para suspender temporariamente a imigração", disse ele em um tuíte.

    Há semanas, Trump tem dito que o surto dos EUA teria sido muito pior se não fossem seus esforços anteriores para banir viagens aéreas da China --a origem da pandemia-- apesar de milhares de pessoas, de acordo com o New York Times, continuaram a chegar da China depois que as restrições entraram em vigor.

A Casa Branca não deu imediatamente mais detalhes sobre o raciocínio por trás da decisão, sobre prazos ou base jurídica.

    Os democratas rapidamente condenaram o anúncio. "Você interrompe a imigração, você afeta a economia da nossa nação já enfraquecida", disse Julian Castro, secretário de gabinete na administração Obama e ex-candidato à presidência.

    Ao mesmo tempo, o governo Trump se moverá para relaxar regulamentos que afetam o meio ambiente, saúde, local de trabalho políticas de segurança e trabalho, além de tornar permanentes outras regulamentos temporários criados para responder às coronavírus, informou o Washington Post.

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