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Relembre casos de aviões civis abatidos por engano

Casos envolvem desde a União Soviética até os Estados Unidos

11 jan 2020 - 12h11
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O abatimento de aviões civis por engano, como no caso do Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines no Irã, é algo bastante raro de acontecer, mas não impossível. Desde os anos 1980, essa situação já ocorreu pelo menos seis vezes, envolvendo desde soviéticos até uma aeronave iraniana derrubada pelos EUA. Relembre os casos:

Destroços de avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, em julho de 2014
Destroços de avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, em julho de 2014
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Desastre de Ustica

Desde 27 de junho de 1980, um mistério permanece sem solução na Itália. Naquele dia, um avião DC9 da companhia aérea Itavia caiu no mar Tirreno, perto da cidade siciliana de Ustica, deixando 81 vítimas. Até hoje, as circunstâncias da tragédia não foram totalmente esclarecidas, mas a Corte de Cassação do país considera "consagrada" a tese de que a aeronave foi atingida por um míssil. Em 2007, o já falecido ex-presidente italiano Francesco Cossiga chegou a afirmar que o DC9 tinha sido alvo de foguetes internacionais que tentavam acertar um avião do ex-ditador da Líbia Muammar Kadafi.

Mísseis soviéticos

Em 31 de agosto de 1983, um Boeing 747 da Korean Air decolou do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, rumo a Seul. No entanto, quando sobrevoava a ilha de Sachalin, no Oceano Índico, foi atingido por dois mísseis lançados por um caça da União Soviética. No momento do ataque, a aeronave estava 312 milhas náuticas a noroeste da rota prevista, dentro do espaço aéreo da nação comunista. Todas as 269 pessoas a bordo morreram. O governo da antiga URSS garantiu desconhecer que o alvo fosse um avião civil, afirmando que pensava tratar-se de uma provocação dos Estados Unidos.

Tragédia no Golfo Pérsico

Cinco anos depois do desastre com o Boeing da Korean Air, foi a vez de os EUA derrubarem uma aeronave por engano. No dia 3 de julho de 1988, um míssil disparado pela Marinha americana abateu um voo da Iran Air com 290 passageiros. Todos morreram. O Airbus A300B2-203 fazia o trajeto entre Bandar Abbas, no sul do Irã, e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O ataque aconteceu sobre o Golfo Pérsico, e o governo dos EUA disse que a aeronave havia sido confundida com um caça inimigo em procedimento ofensivo.

Engano ucraniano

Outro caso ocorreu em Sóchi, cidade russa localizada às margens do Mar Negro, em 4 de outubro de 2001. Na ocasião, um avião da Siberia Airlines que levava 88 pessoas de Tel Aviv para Novosibirsk foi derrubado por engano por um míssil ucraniano antiaéreo disparado durante exercícios militares.

Guerra separatista

Já em 17 de julho de 2014, um avião da Malaysia Airlines que voava entre Amsterdã, na Holanda, e Kuala Lumpur, na Malásia, com 298 pessoas a bordo foi abatido no leste da Ucrânia, que era palco de conflitos com separatistas pró-Rússia. O inquérito conduzido por investigadores holandeses constatou que o avião foi atingido por um míssil terra-ar fabricado pela Rússia e disparado pelos rebeldes. Moscou não admite sua culpa e afirma que o projétil usado no abatimento pertencia à Ucrânia desde o período soviético.

Irã

O caso mais recente ocorreu na madrugada de 8 de janeiro de 2020, quando o sistema de defesa antiaéreo iraniano derrubou um avião da Ukraine International Airlines com 176 pessoas a bordo. O episódio aconteceu em meio aos ataques aéreos do país persa contra duas bases militares americanas no Iraque, em retaliação à morte do general Qassem Soleimani, na semana passada. O Irã só admitiu sua responsabilidade três dias depois da tragédia.

Ansa - Brasil   
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